Confronto

Duas vozes - duas visoes...
Diversidade de opinioes com direito de resposta...

terça-feira, setembro 30, 2003

E o fim de umas longas férias...
Amanhã começa o meu ano lectivo...
Não é um facto com nada de surpreendente nesta altura do ano... Mas, a verdade é que comecei a fazer as contas e estou de férias há mais de 3 meses!
Se calhar é por isso que até estou com alguma vontade de voltar a pegar nos livros... Foi muito tempo sem estudar.
Obviamente, que além de ter estado ser estudar não significa que tenha estado sem fazer nada... Assim sendo tive mais tempo para outras coisas que não as responsabilidades incontornáveis. E, além disso pude reflectir muito àcerca, não da vida (lol), mas da minha vida.
Com o stress que vivemos no quotidiano, por vezes, é complicado conseguirmos parar e pensar no que estamos, realmente a fazer... Em alguns casos, se calhar, até é bom que isso aconteça... Mas devíamos reflectir mais àcerca do que fazemos. Simplesmente, isso...
Só me lembrei disto porque senti na pele que estava a viver por viver e só tomei consciência da inconsciência (perdoem a redundância) porque parei!
A minha vida no último ano deu uma volta literal de 180º e penso que isto é o simples desabafo desse ano. Do qual já consegui concluir: -sem dúvida o pior ano de sempre em termos de vitórias pessoais. Felizmente não estou desmoralizado mas com vontade de trabalhar. Daqui a um ano pode ser que faça um post semelhante a este inédito,em termos de ideia e não de conteúdo, espero.
DTG

domingo, setembro 28, 2003

Sono
"A necessidade é mais forte do que a moral" (Gabriel, O Pensador)
E quando nos negamos à necessidade por querermos manter a moral? É legítimo sofrermos perante nós próprios em prol de manter padrões perante outrém?
E se fôr puro orgulho? É legítimo mantermos padrões pela simples razão de mostrar que somos capazes de os manter? Não é a isso que o meio envolvente nos incita?

Mas, no fundo, a necessidade é, sempre, mais forte do que a moral, o que não leva a que nos cinjamos, sempre, a ela.
DTG

sexta-feira, setembro 26, 2003

Weblogs...
Como prometi vou apresentar um pequena lista de weblogs, os quais recomendo e dos quais tive o prazer de conhecer os seus autores...

- Atacadores
- Borras de Café
- Fechado para obras
- Do lado de cá (além de só ter sabido ontem que, afinal, conheci a autora... :/)
- E-cuaderno
- Conversas de Café (apesar de não ter tido oportunidade para falar com ela... :/)
- Mais ou Menos
- Socioblogue


Aqui não estão os blogues que estiveram na mesa (Conversas de Café e Socioblogue estiveram) mas aqueles com quem travei conhecimento! Para uma lista mais completa de quem marcou presença em Braga cliquem aqui.

Ainda não me apeteceu reflectir àcerca do Encontro, mas se quiserem conhecer o feedback vão até aqui.
DTG

segunda-feira, setembro 22, 2003

Estou a falhar... eu sei! Prometi falar do Encontro de weblogs e ainda não o fiz...
A verdade é que marquei presença no 1.º Encontro Nacional sobre weblogs, na Universidade do Minho, em Braga, e gostei muito daquilo! Várias conferências ácerca de diversos assuntos... Além de que me pareceu que o facto da esmagadora maioria dos participantes serem pessoas ligados à comunicação social (jornalistas e estudantes de comunicação social) levaram a que grande parte do debate fosse canalizado para a relação entre os weblogs e o jornalismo.
Pude concluir várias coisas do que ouvi por lá e irei comentando essas conclusões ao longo do tempo...
Só para dar uma ideia de números, falados em Braga:
Existem cerca de 3 milhões de weblogs em todo o mundo, existindo cerca de 3 mil milhões de páginas web.
Existem mais de 2 mil weblogs em Portugal.
Estima-se que só no Brasil existam cerca 300 mil weblogs.

Também vou apresentar uma lista de weblogs, dos quais tive o prazer de conhecer os seus autores.
DTG

domingo, setembro 21, 2003

Re: Arrogância. Sim, arrogância!
Fraca analogia... tenho que dizer!!!
Se eu chegasse ao café do qual sou frequentador, estivesse seguro de mim e tivesse confiança no que ia comunicar, e dissesse em voz alta e calmamente que um dia iria ser gerente do café só não sabia quando, as reacções seriam diversas. (Ressalvo gerente e não "que ia ser dono de tudo aquilo") E, para a analogia poder ser levada um pouco mais a sério teríamos que ter em conta que o café referido pertencia, por exemplo, a um grupo de amigos e que a sua gerência era votada pelos frequentadores do café todos os anos. E, então aqui perante esta situação poderíamos reflectir ácerca das eventuais reacções à minha afirmação.
Teria apoiantes e não-apoiantes. Pessoas que acreditariam que eu era capaz de chegar onde tinha dito, outros que pelo contrário. Estas poderiam-se sentir ameaçadas pelo eventual cumprimento das minhas palavras, o que não leva a que as palavras, por si, fossem uma ameaça! E, de todos os frequentadores do café duvido que algum se risse por achar insólita a situação, e que muito menos me tomasse por maluquinho ou lunático!
DTG

quinta-feira, setembro 18, 2003

Facada nas costas
É com grande tristeza que observo uma vez mais a submissão do governo português perante as pressões dos EUA. Desta feita, o apoio oficializado ao candidato holandês ao posto de secretário-geral da NATO, enquanto que António Vitorino ainda pondera uma eventual candidatura. Atrevo-me chamar a este acto de subserviência ao poder do monstro americano de traição. Com um possível candidato com o valor de António Vitorino, porque não aguardar um pouco mais, esperar que este Homem formalize a sua candidatura. Ou então, caso contrário, aí sim, apoiar quem achar que merece (embora pareça que o nosso governo deixou de pensar pela própria cabeça a nível de relações internacionais, passando a ser uma pequena marioneta nas mãos do pobre diabo Bush).
Pergunto-me: não andará o nosso governo de prioridades trocadas? Primeiro o apoio aos EUA. numa posição claramente contra muitos aliados europeus quando o nosso país é um estado da UE e uma “colónia” dos EUA e agora um apoio precipitado quando um pouco de paciência poderia trazer a honraria e os benefícios de um secretário-geral português na NATO.
Definitivamente parece que o polvo fez de Portugal mais um tentáculo, usando como meio de transporte a irresponsabilidade do nosso governo.
JV
Arrogância. Sim, arrogância!
Se eu hoje chegasse ao café do qual sou frequentador, enchesse os pulmões, me colocasse em cima de uma cadeira e dissesse a alta voz que um dia eu ia ser dono de tudo aquilo só não sabia quando, as reacções seriam diversas. Acho que a primeira seria riso pelo insólito. Alguns tomar-me-iam por maluquinho ou lunático. E quando a minha afirmação soasse firme e quando eu me fizesse entender como consciente e certo do que estava a dizer, então aí sim, tomar-me-iam no mínimo por arrogante, convencido e mal educado para com os donos.
E se um dia, por uma acaso do destino, eu de facto me tornasse dono daquele café, os que presenciaram a cena tomá-la-iam agora como uma ameaça.
E o mais provável é que, muitos deles, deixassem de frequentar o meu café. E mais tarde ou mais cedo ele haveria de falir e eu forçado a baixar o nariz e humilhado pela minha própria garganta.
JV
1.º Encontro Nacional sobre Weblogs
O Confronto de Ideias vai marcar presença no Encontro mencionado no título durante os próximos dois dias na Universidade do Minho.
Infelizmente o Jorge não terá possibilidadede lá estar, por razões profissionais :), mas eu lá tentarei, humildemente, representar o Confronto.
Já que não andamos nisto há muito tempo, a única coisa que posso esperar é vir a aprender muito com as inúmeras palestras e presenças de bloggers-dinossauros no Encontro. Confesso que estou num sentimento misto de ansiosidade-curiosidade em relação ao Encontro, mas penso que tem todos os condimentos para ser frutífero a muitos níveis.
No entretanto, sempre que tenha possibilidade de postar de Braga irei mandar noticias deste primogénito Encontro.
DTG

terça-feira, setembro 16, 2003

Frases que ficam (V)
"nunca ninguem revela tudo de si, até porque nunca ninguém se conhece plenamente" (Joana Queirós, em comentário ao post do Confronto de Ideias:"A inconsciência que pode haver no teor de uma relação" (de 30/08/03))
DTG

segunda-feira, setembro 15, 2003

"Avante" para onde? (2)
Não foi devido à improbabilidade eleitoral de o PCP vir a ser governo que disse que o "PCP não é nem nunca será um partido de governo". Eu compreendo o teu implícito "nada é impossível" mas tal afirmação deve-se ao modo de estar do partido e das pessoas que o formam perante a sociedade, a política e a vontade de fazer mover o país (independentemente de ser neste momento ou em qualquer outro da vida política nacional).
"Um dia serei primeiro ministro, só não sei quando...". Arrogância?! Eu respondo: equívoco (teu). Segurança e confiança é o que essa afirmação representa. Não foi dita como ameaça, mas como promessa. Durão Barroso não tinha na mão a hipótese de cumprir o que ali dizia, e por isso a indefinição temporal. Ele teve que lutar e trabalhar para que esse momento chegasse. Por isso, que não se ouse tomar por arrogância o que foi uma séria promessa que acabou por ser concluída. O que só mostra a seriedade de quem a fez. Por tudo isto, Jorge, e porque houve quem acreditasse na frase citada, sabendo que não era ameaça, pois só quem assimilou tais palavras de ânimo leve as entendeu como tal, não foi surpresa a realização da promessa.
Não me esforço sequer a dissecar a última “hipérbole” de Re: “Avante para onde?, pois acredito que não foi sincera ou consciente.
DTG

domingo, setembro 14, 2003

Momentos que fazem História (I)

Marcelo Rebelo de Sousa, em directo no Jornal Nacional da TVI, como todas as semanas. No contexto de “conversa de bastidores” em directo, Marcelo Rebelo de Sousa oferece UM LEITÃO DA BAIRRADA ao pivôt Júlio Magalhães que, desejando prosseguir com a entrevista, pede ajuda para o colocar debaixo da mesa.
Jornal Nacional, 14 Setembro 2003, TVI
JV
Vou fazer batota. Em “Frases que ficam”, um excerto que fica.

Frases que ficam (IV)
"... é estranho, sem dúvida (...)
abandonar os hábitos apenas aprendidos,
às flores e a outras coisas
o sentido do vir-a-ser-humano;
abandonar até mesmo o próprio nome
como se abandona um brinquedo partido.
Estranho, não desejar mais os nossos desejos.
Estranho ver no espaço tudo o quanto se encadeava, esvoaçar desligado.(...)”

Rainer Maria Rilke
In Primeira Elegia

JV
Inicio uma pequena rubrica. “A César o que é de César”. Elogios a quem os merece. Sem nomes, apenas olhares, saudades, carinho ou admiração... Ou tudo junto.

“A César o que é de César” (1)
“E tu? Mas diz-me, e tu? Que é feito de ti, de quem em tempos conheci, para quem em tempos sorri, a quem ensinei, a quem dei o sol pela manhã, a quem confortei no calor do Inverno, a quem iludi com ensinamentos mágicos e que apesar de belos não chegam para preencher todo o espaço que há na tua alma?”
Seria impossível eu formular esta questão. É necessário uma voz superior, vivida, rica em experiência para a formular. Só alguém com o conhecimento dos anos nas mãos e com a energia de uma realização pessoal e profissional poderia formular tal questão sem levantar contra-interrogações e olhares suspeitos. E só alguém capaz de reter a minha admiração poderia obter resposta, ainda que uma resposta das minhas. Inconclusiva, enigmática demais para a situação. Mas obrigado, professora. Obrigado por se preocupar. Os seus preciosos ensinamentos serão sempre recordados, bem como os momentos de alegria que me trouxe naquela carteira da penúltima fila. Quanto ao resto é preciso tempo. O tempo para lhe poder dar a resposta que gostaria de ter dado. Incisiva e não evasiva.
Estranho resultado este, no seguimento de tão ingénua e simples questão. “E a tua?”.
JV

sábado, setembro 13, 2003

estou chateado (2)
"So many things to say, and no one to say them to" A solidão reduz-se a isto.
Qual a maior perdição? Não ter vida, ou estar perdido na vida que se tem?
Qual a melhor companhia? A de quem nos ama ou a de quem amamos?

"Tá tudo bem desde a última vez que a encontrei e prometi que ligava, mas nestes últimos dois anos tenho andado tão atarefado, e a família tá boa, cumprimentos a todos, estou com muitas saudades, eu ligo um dia destes..."

DTG

sexta-feira, setembro 12, 2003

“We change by the speed of the choices that we make.”
From “Out of This World”, Bush – “Golden State”

O desafio da escolha é, a meu ver, dos mais complexos da existência humana. A indecisão, uma das mais penosas torturas. A probabilidade de encontrar alguém cuja incapacidade nata de ser simultaneamente consciente e decidido se revela a todo o momento e quando menos se espera é enorme, pela minha (talvez) deturpada visão da realidade. Pergunto-me se seria menos doloroso o retirar desta tortura, o deixar guiar pelas estranhas forças do suposto Destino... Mas aí volto atrás. Às considerações na série de posts “Pleno”... Mas voltando bem lá atrás, a “A luz da liberdade”, permitam-me que me repita, citando-me: “Assumindo a vontade de romper consigo mesmo, batalhou pela voz que, furiosa, rugia dentro de si.” Terei eu o direito de invalidar a minha própria luta, de renegar a minha própria natureza?
Coragem. Enfrentar as escolhas difíceis dá-nos a oportunidade de adquirir novas formas de aprender a ter a postura certa, de aprender novas técnicas de lutar contra tudo o que quer abafar o nosso instinto. E o nosso instinto é a mutação, a constante alteração do nosso mundo, da nossa mente. E essa mutação poderá ser o único caminho para o objectivo dourado, os ovos de ouro, “the life I like”, a Vida por oposição à vida. Vale a pena tentar...
Também não temos outro jeito. Este sim é o nosso Destino: decidir o nosso destino.
JV
Re: “Avante!” para onde?
“O PC não é nem nunca será um partido de governo.”
Talvez tenhas razão.
Mas não te esqueças que há quinhentos anos atrás a Terra era o centro do Universo... Há mudanças que se fazem num estalar de dedos, mudanças inesperadas, radicais. Outras há, que se operam sem nos darmos conta. Quem diria, no início dos anos oitenta, que nós estaríamos aqui, escrevendo para uma coisa, numa rede digna de ficção científica, inimaginavelmente poderosa e dominadora da actualidade? Novas eras...
Não, não repliques citando hipérboles minhas, porque essas são propositadas e planeadas. Esta tua hipérbole é imperativa. Peremptória. De mais, talvez...
Mas tenho que te dar uma certa razão. Quem diria que aquele homem que teve a extrema arrogância e o topete de afirmar “Um dia serei primeiro ministro, só não sei quando...” viria mesmo a concretizar as suas ameaças, para mal dos nossos pecados?
Mas tudo muda. Afirmações destas circulam nos pensamentos de muita gente. Eu também teria dito não há muito tempo que o PP nunca seria partido de governo, e olha...
Sabes que mais? Não me surpreenderia muito se o Partido Comunista Português aumentasse a lista dos seus potenciais eleitores como nunca o fez desde há uns largos anos para cá. E porquê? Porque não se vê tanto descontentamento social a agitar a população portuguesa desde o terramoto de 1755 (ora aqui está uma hipérbole propositadamente cativante e não obstante da sua função enquanto recurso estilístico, com uma certa dose de realismo)...
JV

segunda-feira, setembro 08, 2003

"Avante!" Para onde?!
Durante o fim-de-semana lá decorreu mais uma Festa do Avante! E, Carlos Carvalhas conseguiu terminar a festa sendo muito original com um discurso repleto de ideias e estratégias novas (para quem não entendeu estou a ser irónico...).
De facto Carvalhas primou pela originalidade: "Tal como em anos anteriores, o discurso de Carlos Carvalhas na Festa do "Avante!" foi na sua quase totalidade dirigido contra o Governo."; "O ministro de Estado e da Defesa foi, pelo segundo ano consecutivo, alvo privilegiado de críticas." (in JN).
OK, estou a exagerar o secretário-geral conseguiu arranjar uma pontinha de novidade: O Presidente da República (?!). Isto só demonstra que a única preocupação dos comunistas é disparar para todo o sítio, nas maiores frentes possíveis... E, de facto não é complicado. O PC não é nem nunca será um partido de governo e serve-se dessa salvaguarda para descarregar sobre tudo e todos, pois nunca irá estar do outro lado. Ou seja, o PC não necessita de ter consciência das situações, pois nunca chegará ao local em que essa consciência é obrigatória.
DTG

sexta-feira, setembro 05, 2003

Banalidades ilegais 3 – A curiosidade matou o gato.
Estava muito sossegado na nossa velhinha nacional número 1, mais precisamente na zona de Leiria, até que me apercebo de um abrandar do tráfego drástico. Pensei “Acidente!”. Mas depois olhei para o relógio. Cinco e meia da tarde... Talvez início da hora de ponta numa sexta-feira em Leiria... Calmamente aguardo o fluir do trânsito, apercebendo-me, ao fim de um quarto de hora de fila, que havia um acidente na outra via. Repito, na outra via, onde carros como os nossos circulam em sentido oposto. Na outra via que está bem separada da nossa por aquilo a que chamam “separador” (não percebi ainda muito bem porquê). Estranhamente, cinco metros depois de passar a zona do acidente (que provocara um enorme engarrafamento NA OUTRA VIA) a minha via de trânsito aparentou completa desobstrução e tudo fluiu normalmente. Coincidência? Infelizmente creio que não... Apostaria mais no típico e súbito vírus que ataca o vulgar condutor português quando avista um acidente.
O leitor nunca teve a experiência de, viajando num transporte público repleto de gente, cruzar-se com um acidente? Verá certamente uma espécie de movimento sincronizado das cabeças para o respectivo lado...
Proposta de lei: “O primeiro a avistar o acidente tem o dever de alertar as autoridades e de se manter junto da viatura acidentada apontando as matrículas de todos os olhares que com o dele se cruzarem. Qualquer cidadão que sinta a presença do “socorrista”, deve desviar o olhar e se auto-esbofetear até se esquecer da tentação de olhar.”
Punição: “Todos os infractores estão sujeitos a uma multa que deverá variar entre os 5000 euros com 13 chicotadas e os 10000 euros com 26 chicotadas consoante o abrandamento e incómodo causado. Os que forem apanhados em flagrante delito deverão ficar imediatamente sem carta de condução, o seu carro deverá ser rebocado e o indivíduo deverá receber tratamento psiquiátrico durante um período mínimo de seis meses.”
JV
estou chateado
acabei de passar prái meia hora a escrever um post, mas o sono é tanto que não sei o que se passou e apagou-se
O tema era "generation Gap", hei de voltar a escrevê-lo mas neste momento sinto-me impotente para tal :/
com o sono que tou podia reflectir àcerca da existência da vida, ou então simplesmente àcerca da existência da minha vida. mas realmente não me apetece.
Se uma árvore cair no meio de uma floresta em que ninguém a ouça cair ela faz barulho? (ouvi isto algures...) A justeza é justa quando nos prejudica e não é positiva para ninguém? (esta já e de minha autoria lol)
Se morre alguém que não vês há anos e só não visitaste na semana passada porque tava a dar um filme porreiro e não te apeteceu levantar a peida do sofá, tu choras? Choras pela pessoa ou pelo facto de não a teres ido visitar quando podias, e aí estás a ser egoísta pois não estás a pensar na pessoa em si mas em ti e na tua falha?

Se me permitem...
-A vida é uma prostituta. E, tu és o cliente que se deixa ir...
DTG

terça-feira, setembro 02, 2003

Pleno(3)
“You can like the life you’re living; You can live the life you like”
in “Chicago”

Será? Chegamos a este ponto, ao eterno ponto, a velha e mítica questão da plenitude, do desejo de uma Vida (não vida, Vida)...
Podemo-nos adaptar ao que somos e ao que temos (maravilhoso dom humano este, não?), mas dessa adaptação nascerá “the life I’m living” e não “the life I like”. Por momentos podem se fundir perigosamente num misto de ilusão e conformismo, mas aquele “click” marca a diferença. Aquele pequeno “mais” que encanta quem o ouve, quem o vê, quem por ele luta e quem a ele alcança.
A nu, a verdade é que muitos são os que lutam, poucos os que conseguem. E os que não lutam canalizam a batalha para si mesmos, num confronto interno que por esse processo (talvez já não tão maravilhoso e até um pouco diabólico) da adaptação conseguem uma falsa liberdade, uma plataforma inconsistente que, apesar disso, os sustenta. Os muitos que lutam, insatisfeitos, corajosamente insatisfeitos, erguem ao vento as suas lágrimas e o seu suor num trabalho hercúleo de construir um pequeno pedestal no qual se possam erguer acima da sua vida. Os poucos que alcançam, suponho, têm que cuidadosamente assegurar que mais tarde ou mais cedo não deixem de viver a Vida que gostam para passar novamente a gostar da vida que vivem...
Talvez todos estas considerações sejam “fogo de vista”, sejam um floreado da realidade.
Mas quem quer a realidade (por palavras impossível de reconstruir), quando o devaneio é tão mais rico em sentimento e tão menos insensível que a crueldade que, apesar de tudo, ainda nos move e nos domina como peões?
JV

segunda-feira, setembro 01, 2003

Birra?
Ora, o juiz decide que não há depoimento presencial, opta pela vídeo-conferência, os advogados "amuam" e fazem correr o necessário para que a máquina legal pare e ponha em dúvida o juiz.
Obviamente, os factos não são tão lineares assim e a alegação de "incidente de recusa de Juiz" terá sido composta por mais fundamentos. Mas, ainda assim, os meus olhos não conseguem ver esta situação como não sendo uma "birra" por parte dos advogados de defesa.
Se calhar é só dos meus olhos... ou então não...
DTG
Novo ano político
O ano político português está agora a começar. As duas maiores forças políticas já fizeram a sua reentré, e estão para breve as restantes.
Este é um ano político importante por diversos factores. Marcará o ínicio da recuperação económica e o governo começará a estar em condições para executar as suas promessas eleitorais mais importantes e complicadas de levar adiante. O partido socialista irá tentar, certamente, ser mais capaz no seu papel enquanto oposião. Por outro lado as europeias estão à porta, e a preparação necessária já começa a ser feita.
Além de estes serem sempre os pontos mais abordados gostava de dar relevância a duas questões que terão impacto, ou não, na vida político-partidária portuguesa.
O Nova Democracia (ND) tem neste ano a hipótese de se afirmar, o que não aconteceu até agora. Veremos se Manuel Monteiro tem a capacidade de entrar em força este ano, e consiga ter relevo na eleições europeias. Isto quer se candidate quer não, outra questão pertinente.
Do outro lado, temos a hipótese da criação de um novo partido à esquerda, pelos renovadores comunistas. Situação que a verificar-se levará a uma degradação progressiva do Partido Comunista Português. A ver vamos se os renovadores têm a força que já demonstraram poder ter.
Com isto e com o que mais virá, teremos muito para discutir aqui pelo Confronto...
DTG
Um amigo conduziu-me, em momentos difíceis, a palavras preciosas.
Em sua homenagem, agradecendo mais uma vez e esperando viver a consciência do teor da nossa amizade (recordando o atordoante relato do Daniel no seu recente post), relembro-as.


Frases que ficam (III)
“Ensina-me a empreender um novo início, a destruir os esquemas de ontem, a deixar de dizer “não posso” quando posso, “não sou” quando sou, “estou bloqueado” quando estou totalmente livre.” (Rabbi Nachman Di Braslav, 1772-1810)

JV