Confronto

Duas vozes - duas visoes...
Diversidade de opinioes com direito de resposta...

domingo, maio 30, 2004

“Madama Butterfly”

Estonteante e bela, esta obra de Puccini mostra toda a sensibilidade, fragilidade e a desilusão de Cio-Cio-San perante a utopia de um sentimento de tal forma intenso que moveria mundos. Estados Unidos e Japão numa coexistência nada pacífica das suas escalas de valores entram em palco e emocionam de forma marcante os espectadores desta ópera fascinante.

Essa utopia (ou será sonho?) comum, tão improvável e inverosímil, povoava aquela personagem tal como nos povoa a nós. Até onde somos capazes de levar as nossas ânsias? Será a morte de Butterfly um aviso para os perigos dessas ambições? Ou será apenas o único fim possível para quem sentiu demais?

“The greatest thing you will ever learn is just to love and be loved in return”
in “Moulin Rouge”

sexta-feira, maio 21, 2004

Receio
Vive-se com medo. Medo não... Receio, um certo temor, o som de uma voz que vem de trás, avisa em tom profético... “Que não se erre novamente. Não daquele modo...”
Pior que racionalizar sentimentos é “sentimentalizar” razões.

quarta-feira, maio 19, 2004

Dream
“If i should die this very moment, i wouldn’t feel, for i’ve never known completeness like being here. Wrapped in the love of you, loving every breath of you...”
Question
“Why live life from dream to dream and dread the day when dreaming ends?”

in “Moulin Rouge”

terça-feira, maio 18, 2004

Momentos que ficam III

Figueiredo Lopes, inaugurando um novo tanque da polícia com jacto de água para dispersar multidões apanha um belo banho no seu fatinho de ministro da administração interna...
Quem sabe não lhe refresca as ideias...

segunda-feira, maio 10, 2004

Tempos
Não há mal em desfrutar ocasionalmente do prazer das nossas memórias. Mal há em tentar fazer do presente passado ansiando por um futuro que não chega.
Afinal, como alguém disse, o amanhã nunca “é”, sempre “será”.

domingo, maio 09, 2004

Chego ao fim cansado, mas animado
Uma semana de Queima. (Só) Duas faltas.
Abrunhosa, Toranja, Clã, Pluto e Gomo.
Boa companhia, bom calor humano.
Nenhuma bebida (do lado de cá), mas muita bebida circulante.
Agora:
Os exames estão aí... Toca a trabalhar!!!
Uma daquelas músicas...
"
I know you cannot hear me now
´Cause you´re far away (...)
Oh, when she calls
I know she´s the one
Makes me want her harder
Makes me want to be a little stronger
"
(I see monsters, Ryan Adams)

sábado, maio 08, 2004

Música - contradição?
Ergo o queixo ao firmamento e deixo que a vibração da música percorra as faces e lentamente se apodere dos sentidos e faça conduzir o rosto num sorriso completamente descontextualizado.
Estranho, não?
Quando na verdade não me predisponho a sorrir...
Nada
Aqui tento exorcizar o que me vai cá dentro. Exorcizo os meus males, o que me chateia... Tento partilhar o que dói e assim espartilhar a dor.
Gostava, também, de exorcizar o sono! Mas exorcizo as indagações que me traz esse sono. Mas, o sono que tenho hoje não traz nada para exorcizar. Só a vontade de escrever sobre o facto de ele nada trazer.
Por isso, é este post tão cheio de nada.

quinta-feira, maio 06, 2004

Leituras
Há quem as faça. Talvez em demasia, precipitando conclusões, vendo coisas vazias, tantas vezes absurdamente inexistentes. Sugerem-nas como se de verdades se tratassem, questionam-nos sobre o porquê dessa veracidade tão plausível aos seus olhos e tão inverosímil para nós.
Dessas leituras inconsequentes, talvez mais ingénuas que outra coisa, advém a profunda revelação do desconhecimento absoluto do que somos. Dessas leituras supérfluas, demasiado “pela rama”, sem o cuidado de avaliar a profundeza do que se sugere, não se retira qualquer ofensa, mas relembra feridas ainda mal cicatrizadas, fendas na nossa frágil carne que revelam a fraqueza do nosso sangue que tantas vezes é incapaz obstruir certos derrames que abundam na continuidade do tempo que somos.
Ouvimos tantas dessas ideias que pensamos se as atitudes que Somos são assim tão sugestivas, tão motivadoras para olhares distorcidos (talvez todos os olhares sejam distorcidos), tão óbvias à vista de quem não chega mais longe que aos frenéticos movimentos da pele que nos cerca.
Acabamos às vezes por desejar que algumas dessas leituras fossem afinal mais verdade que o que são. Porque a realidade é sempre bem mais dura que a ficção fantasiosa de mentes onde abunda inocência.

segunda-feira, maio 03, 2004

Despedida? Não
Afinal não. Nem “até já” sequer. Porque estamos ligados.
Talvez seja isso a amizade: nunca termos de dizer Adeus.

sábado, maio 01, 2004

O meu 1.º de Maio
Depois de um dia passado na blogosfera:
- mocho
- O Café
- tinta permanente (apreciem, especificamente, este Desculpa)

E, a, há já tanto tempo merecida, actualização da coluna dos Blog´s.
Despedida?
Sabemos que estamos perto de partir. As vidas começam agora e nós seguiremos rumos diferentes. Ambos não sabemos o que nos espera. Mas não podemos aspirar sabê-lo. É na imprevisibilidade da vida que reside parte do seu sabor. Não digo Adeus porque sei que não é uma despedida verdadeira. Talvez um até já ou volto em breve. Mas haverá saudades. É inevitável que o haja e seria insensato da nossa parte negá-lo. Mas em breve diremos “Cá estamos novamente, de volta ao sítio de onde partimos”. Mas ambos sabemos que nunca partimos verdadeiramente. Porque nunca as nossas lembranças saíram de cá e nunca deixamos de nos lembrar um do outro. No meio de tudo o que haverá (e que tem que haver pois somos mutação constante) ficarão pelo menos as memórias. E isso ninguém poderá roubar.
Até...
Até.