Confronto

Duas vozes - duas visoes...
Diversidade de opinioes com direito de resposta...

sexta-feira, outubro 31, 2003

Q
Porquê um mundo que nunca há-de ser, quando podemos ter um mundo que virá a ser? Consciência não é conformismo!
DTG

quarta-feira, outubro 29, 2003

"Aquele fundinho no estômago"
Poético ou simplesmente linear é razão (ou emoção, talvez). E se não emoção, razão de Viver. Sinta-se aquele turbilhão gástrico ou sinta-se o desejo dele (na sua triste ausência). E dói. A úlcera ou a ausência de úlcera? Talvez nada (ou tudo). Um rodopio de vento, um enjoo súbito e a felicidade consequente basta. Alegremente. Ou então a úlcera na alma, o sonho e a esperança rompidas e gastas como um pano velho. E então o fim. Ou a continuação do fim do que posso ser e talvez do que sou ou do que nunca tenha sido.
JV
Amizade vs. "Amor"
Há diga que a Amizade é mais forte do que o Amor. E, eu sempre fui um defensor aguerrido dessa "máxima", e continuo a acreditar nela. Isto é, não que a "Amizade é mais forte do que o Amor", mas que a "Amizade deve ser mais forte do que o Amor". Tal, no simples prisma de que uma paixão não nos pode/deve afastar dos nossos amigos.
(Não estou a falar disto por nenhuma razão especial... simplesmente lembrei-me!)
A prova de que esta questão, por vezes, se coloca é o facto dela ser uma das barreiras que, eventualmente, se coloca no prosseguimento de um relacionamento. Se a nossa paixão estiver dentro do círculo de amigos, esta questão não se coloca. (Todo este raciocínio prevê que, realmente, gostemos do nossos amigos, lol). Agora imaginemos que essa paixao não tem amigos em comum connosco... E, lá começamos a divagar: "Com quem que vamos sair depois?", "Vou ter que deixar de ir sempre até ao cafézinho com o pessoal?".
É óbvio que há sempre soluções para contornar estas questões, mas sempre que temos de abandonar a nossa rotina da qual gostamos, deparamo-nos com alguns problemas. Já que a felicidade "é o desejo da repetição" (julgo que é uma expressão de Milan Kundera, mas não tenho a certeza :/ ).
Não vou chegar a nenhuma conclusão, mas quantos de nós já não se depararam com esta questão? Quando começamos a sentir aquele fundinho no estomâgo, e começamos a divagar nas nossas ideias e na sua perfeição. Até que os nossos pensamentos começam a ser mais objectivos e pensamos em situações como a supra-citada. (maneira bonita de acabar, isto é muito nível. lol)
DTG

terça-feira, outubro 21, 2003

País do "tomar"

Nós vivemos numa sociedade regida por "tomar". Há muitos que julgam que é uma sociedade regida pelo consumismo, mas eu contra-ponho e afirmo que, de facto, estamos, irremediavelmente, tomados pelo "tomar" (lamento a redundância).
Ora raciocinemos em conjunto...
Acordamos de manhã e, se não estivermos atrasados, vamos tomar banho. Depois de estarmos mais frescos, e termos, finalmetne, conseguido abrir o olhos, vestimo-nos e vamos tomar o pequeno almoço.
Finalmente saimos de casa... Vamos para a paragem, para quê?!, para tomarmos o autocarro. Chegamos ao local de trabalho tomamos o nosso lugar e lá "trabalhamos".
Pausa para almoço. Depois do almoço lá tomamos o nosso cafezinho.
Voltamos para o trabalho, e a meio lá temos que parar porque temos de tomar os comprimidos para a dor de costas...
Depois, passamos por casa da tia Agmência, que esteve durante o dia a tomar conta dos putos. A tia Agmência diz que o mais pequeno está a ficar constipado e é melhor dar-lhe um chá com mel, e lá tomamos em consideração isso.
Antes de voltarmos, ainda passamos no posto médico para tomarmos aquela maldita vacina que já andava esquecida.
Por fim, lá chegamos a casa, prontos para um jantar à maneira! Mas a nossa esposa tinha tomado como certo que não iríamoa jantar em casa: - "Eu não te disse para jantares na tia Agmência? Não tomas atenção ao que te digo!"
Acabamos por ir jantar fora e surge a magnífica ideia de irmos passar um fim-de-semana fora:
- Alguém tem alguma ideia?
- Podíamos ir até Tomar.
DTG
Re: Dia da defesa nacional
No meio de tanto lamaçal político que temos assistido nos últimos tempos que tem denegrido a classe política, desde a situação Felgueiras, passando por Lynce e Pedroso, até às escutas de Ferro, ainda há situações que dignificam a referida classe.
Perante a decisão de um membro do governo de tornar obrigatória a presença no "Dia de defesa Nacional" as juventudes dos partidos da coligação governamental mostraram coragem e independência política. Assim sendo penso que é de respeitar que a Juventude Social Democrata e a Juventude Centrista tenham vindo a público afirmar que é mal enquadrada a referida obrigatoriedade, independentemente de se concordar ou não.
"pseudo-aspirante-aprendiz de Bush". Não comento!
Em relação ao "desfile de vaidades" não concordo com o carácter obrigatório da actividade. Mas, há que ter dois palmos de testa, uma ponta de bom-senso e tentar desprender a ideia de que tudo o que o ministro Paulo Portas faz está errado! A verdade é que estamos a um ano do fim do Serviço Militar Obrigatório, e a partir daqui só poderemos contar com voluntários. Será tão desprezável a tentativa de levar até aos jovens uma introdução do que poderá vir a ser uma opção para a sua vida. Não julgo!!! E, gostaria só de lembrar que o Dia de Defesa Nacional não é invenção do Dr. Paulo Portas, é simplesmente o retomar de uma actividade caída no esquecimento!
DTG

segunda-feira, outubro 20, 2003

Dia da defesa nacional
Que bonito! Portugal tem um dia da defesa nacional. Menos bonito é a forma quase ultranacionalista com que o nosso pseudo-aspirante-aprendiz de Bush (refiro-me como é lógico a Paulo Portas – não confundir com Durão Barroso, apesar das semelhanças) o decide comemorar. “Convocando” (imperiosamente, note-se) centenas de jovens (à boa maneira da emblemática Mocidade Portuguesa do antigo regime) para um qualquer desfile de vaidades (injustificadas, mas enfim...). E se injustificadamente um dos moços falha lá vai uma choruda multa parar a casa... Triste não?
Mas o que é que ele quer afinal? Enquanto de um lado se aumentam vertiginosamente as propinas (com aumentos da ordem dos 60% este ano e na ordem dos 130% no prazo de dois anos) está o Sr. Portas a brincar com submarinos, armamento e afins usando para isso uma triste fatia do orçamento. Já para não falar nos pobres agentes da nossa guarda que nesta altura devem estar a rezar a Alá para que não demore muito até um súbito ataque de bom senso atinja toda esta peixeirada que o sr. Ministro levou do seu meio político para a vida dos portugueses. E também para os bolsos.

JV

Sim ou não? E que tal... nada?
Afinal que espécie de obrigação temos nós perante a nossa condição de ser livre, mental, física e espiritualmente? Parece que tudo e todos se conjugam para forçar tomadas de posição, para pressionar atitudes... Porque é que perante uma situação não podemos simplesmente renunciar à possibilidade de dizer sim ou não? E mesmo que em nós essa posição esteja tomada, quem tem o direito de exigir conformidade dos nossos actos com os nossos pensamentos, apelando de forma vil a uma espécie de tortuosa consciência? Penso que temos de facto a obrigação ética de sermos coerentes com os nossos princípios. Contudo, não penso ter a obrigação de por em prática todos os meus ideais.
Tenho o direito à apatia. Tenho o direito ao silêncio público. Tenho direito a não manifestar as minhas ideias. Tenho o direito de estar calado quando bem me apetecer. E isto não implica uma contradição. Não renego às minhas ideias por escolher uma forma recatada de as defender. E não têm o direito, sobretudo, de erguer o indicador para mim porque eu estou dentro da minha pequena liberdade, uso-a como quiser e considero triste o exigir de contrapartidas na exposição verbal de ideais quando o dedo que aponta nada sabe sobre a mente, personalidade, espírito, condição física ou emocional daquele que está a ser apontado.
Vivemos na sociedade do Sim e do Não e pensamos nesses moldes. E quando nos apetece fazer Nada sorriem ironica e sarcásticamente: “Realmente acho piada”.

JV

sábado, outubro 18, 2003

Os portugueses e as bolas (2)
È verdadeiramente impressionante a quantidade de barbaridades que se conseguem proferir em alguns segundos... Via n outro dia uma reportagem sobre a loucura da corrida aos bilhetes para a inauguração do novo estádio do Benfica. Pessoas que esperaram INCONTÁVEIS HORAS, FALTANDO AO EMPREGO, ARRISCANDO O DESPEDIMENTO PARA GASTAR BALÚRIDOS EM TEMPO DE CRISE NUM MÍSERO BILHETE PARA VER 22 MORCÕES (ricos pelas suas pernas de ouro enquanto outros têm as mãos cheias de calos) ATRÁS DE UMA ESFERA ROLANTE SOBRE UM PLANO ESVERDEADO.

Um homem dizia que tinha faltado ao emprego, que não sabia se seria despedido por causa disso, mas que valia a pena, pelo Benfica. Quem, no seu perfeito juízo, pode agir deste modo? Este fanatismo social pelo futebol é, provavelmente, fonte de graves problemas culturais. Um(a) fanático/a é capaz de dispensar mais de cinquenta euros para ir ver um jogo de futebol e se alguém o(a) convida para gastar dez euros numa peça de teatro é capaz de comentar “Teatro? Eu? É muito caro, não estou para gastar dinheiro nessas coisas. Estamos em crise”.
Mas em tempo de crise ou não há sempre dinheiro para o futebol.
E o impressionante é que quando os bilhetes são mais caros é quando os estádios mais enchem... E para isso estamos bem da vida. Agora, se o filho gosta de ler e quer comprar um livro, “azar que não estamos em tempo de gastos superficiais”.

JV
Permite-me redigir esta ERRATA:
Onde se lê “Ferro Rodrigues”, dever-se-ia ler: “Alegadamente Ferro Rodrigues”. Porque na possibilidade de serem verdadeiras as afirmações dos “media” não seria só ele a “defecar” para o segredo de justiça... Algo de muito estranho se passa. E cada vez mais “cabala” soa menos a peixe. Como S. Tomé diria, ver para crer. E nada nisto me parece verosímil. Na verdade acho que a verosimilhança de tudo isto é tão pequena que só os intentos políticos a poderão mediatizar ainda mais. Se houver verdade a apurar que seja feito nos tribunais e não na opinião pública. Mas é só a minha modesta opinião...
JV

sexta-feira, outubro 17, 2003

Frase que, certamente, vai ficar durante muito tempo...
"Tou-me cagando para o segredo de justiça" (Ferro Rodrigues)
DTG
E, porque às vezes se deve discutir se uma frase deve ficar ou não, lanço aqui uma nova rúbrica, alternativa mas específica à "Frases que ficam":

Frases discutíveis (I)
"Muitas vezes os altruísmos são grandes afirmações de egoísmo!" (Domingos Pereira de Sousa)

(Nesta rúbrica, como é óbvio, fico mesmo à espera do vosso feed-back)

DTG
"Temos o Governo mais à direita desde Marcelo Caetano" disse Ferro Rodrigues.
Como eu não sou ninguém para julgar o que esse Sr. disse, não vou comentar a veracidade, ou não, da afirmação. (Além de não ser ninguém para o fazer não é essa a razão porque não vou comentar. É simplesmente porque não me apetece, mas acho que ficava bem dizer o que disse...)
Como não vou comentar o valor da frase, vamos analisar a frase em si esquecendo qualquer mundo exterior a ela. Vamos supôr então que a frase é totalmente verdade...
Ok, Sr. Ferro Rodrigues... então temos o governo mais à direita desde o governo de Marcelo... E...?!
Eu sei onde aquela expressão queria chegar... Queria chegar onde os discursos de esquerda querem sempre chegar... Estes querem sempre fazer parecer que a Direita é um Monstro que não se preocupa com causas sociais... Para os senhores daquele lado só eles é que se preocupam com o zé povinho, e com o bem-estar de cada um! Para esses senhores somos uns insensíveis de coração de gelo que não nos lembramos que as bases existem!
Mas lamento informar que isso está errado. Não, vocês não têm nenhum contrato de exclusividade com as causas sociais!!! Não, vocês não são uns deuses altruístas que querem o bem, ao contrário de qualquer outra pessoa.

Espero fazer passar a mensagem... (não tenho andado com "inspiração" para escrever... por isso tenho andado um pouco desaparecido do Confronto! Mas isto vai... :) )
DTG

terça-feira, outubro 14, 2003

O armamento fantasma...
Juraram a pés juntos que haviam de o encontrar. O Iraque em destroços, materiais e humanos, uma guerra não autorizada pela entidade competente e a corrida desenfreada ao petróleo é o cenário. A única peça que falta para que tudo faça sentido é precisamente aquela que desencadeou tudo. Ou será que não? Será que afinal de contas, sempre tinham razão aqueles que afirmavam que a vontade imperialista dos E.U.A. é a única razão pela qual se fez todo este lamaçal?
Mas mudando de assunto (ou talvez não...) demitiu-se o “ministro americano” (é assim que o trato no dia-a-dia) Martins da Cruz... Que sirva para alterar o rumo da política internacional que o nosso país toma... País este que também ficará ensombrado pelo “armamento fantasma”.
JV
Frases que ficam (VII)

"Quem pensa demais na Vida, não a vive."
Ricardo Fernandes

JV

domingo, outubro 12, 2003

Percepção, instante e afins...
Por quanto tempo mais havemos de respirar este ar medíocre de insatisfação?
Para sempre. É essa a nossa missão. É essa a nossa existência.

Por vezes podemos estar longe de nós. Ou perto dos outros.
Mas é irrelevante.
Ou assumimos o nosso futuro, ou lamentamos o passado. O presente não é. Talvez nunca será verdadeiramente. Apenas estará lá para nós se formos capazes de percepcionar o Instante.

E neste Instante, estás a senti-lo ou é só mais um?
JV

sábado, outubro 11, 2003

Confronto recomenda...

Globalizante

Além de ser da autoria de um bom amigo, Marco Vaqueiro, tem-me dado um gozo tremendo ler este, ainda bébé, blogue que irá, certamente, crescer muito :)
DTG
Assalto
Definição: Não me interessa
Etimologia da palavra: Tou me bem a lixar pra isso
Aplicação numa frase: Puxa pela cabeça

Conclusão: É uma grande chatice... Ver o nosso carro com um vidro partido não é das melhores visões que se pode ter... Não é tão mau como ver o carro com a traseira toda desfeita a ser levado por um reboque quando o carro fazia uma semaninha, que também já me aconteceu... Em termos do que me foi subtraido (adoro a aplicação desta palavra neste sentido) podia ter sido pior (há que ver a coisa pelo lado positivo)...
DTG

quarta-feira, outubro 08, 2003

Banalidades ilegais 4 – Conversas de autocarro (1).
Já não é a primeira e creio que não será a última vez que me deparo diariamente com a decadência das “conversas de autocarro”. Na nossa STCP há de tudo! Monotonia é adjectivo impossível de usar nas viagens do 35, 37, 52, 78, bem no coração da invicta. Começa pelo tradicional aperto. Um homem de dois metros de altura, insensível à presença de outros seres, esmaga alguém contra o vidro... à entrada ouve-se gritar numa arrogância semelhante à usada no pugilismo: “Cheguem-se para trás!!! Tanto espaço por aí... É sempre a mesma coisa, carago!” (Note-se aqui que carago representa um eufemismo muito bem educado da realidade). Os gritos continuam e se alguém se conseguisse mexer, mexer-se-ia para bem longe... O autocarro pára, o homem acotovela para sair (sempre aos berros) e chegado à porta pára e aponta veementemente para trás. “Estão a ver? Porque é que ficam todos aqui?” A porta fecha, o motorista arranca “Alto!!! Abra a porta! Olha a porta!” grunhe o homem que estava prestes a levar com um berreiro de um grupo de mulheres “E ficou à porta a discutir em vez de sair. Ó homem, vai...” E a educação (ainda não subvertida pela cultura de autocarro) impede-me de continuar a divagar sobre os pensamentos e palavras da mulher.
Proposta de lei: Proibido elevar a voz além do sussurro em transportes públicos e proibido usar a expressão “Cheguem para trás!”.
Punição: Forçar o transgressor a tirar carta de pesados (para transportes públicas) e obrigá-lo a aturar transgressores ainda piores (actores contratados pelo estado).
JV

terça-feira, outubro 07, 2003

Homem do renascimento... volta!
Eu não gosto de ser lamechas... É claro que se formos analisar bem fundo todos somos lamechas, principalmente no que toca naquilo que dizemos às pessoas por quem estamos apaixonados... Por mais duros que sejamos, ou queiramos ser, no íntimo acabamos por ser moles! Mas não era sobre isso que queria reflectir, não que não seja um bom tema para isso (aqui fica o repto...).
Durante uma fase da minha inocente adolescência, quando na escola estudava a fase do Renascimento, tive um "sonho" muito pessoal. Sonho entre aspas porque não era nada que esperava um dia vir a conseguir, mas algo, transcendente, que seria extraordinário viver... Que era (informação avançada em primeira mão lol) ser um homem do Renascimento. Gostava, não tanto de ter capacidades físicas e cognitivas mas de ter um conhecimento abrangente. Se bem se lembram o Homem Ideal do Renascimento seria aquele que teria capacidades nas mais diversas e distintas áreas.
Tudo isto para dizer que hoje experienciei algo que será, certamente, o mais perto daquele oculto sonho que alguma vez conseguirei estar. Eu, que sou um estudante de Direito fui contactado para dar explicações de Física. Bem sabendo que é, em certa medida, uma falsa questão, visto que estive em Engenharia o ano passado, esta situação foi nostálgica e, em certa medida, até me fez sentir bem.
O que posso concluir daqui? É que o que no Renascimento era a figura de Homem Ideal é hoje-em-dia impensável. Não que na altura algum homem fosse capaz de atingir esse estatuto, mas hoje em dia nem enquanto utopia é eventual uma ideia dessas. No nosso mundo há muito que caminhamos para a especialização em determinada área. E, há que dizê-lo que só com essa especialização de cada indivíduo foi possível a evolução do nosso mundo até aos dias de hoje. Mas, há que reflectir que a evolução geral se deu devido a uma "perturbação" individual.
O Homem tem caminhado para o saber específico, onde vai perdendo faculdades ao nível da abrangência do conhecimento... Essa é a única maneira de cada indivíduo acompanhar o mundo, pois se não fôr muito bom em nenhuma área, em prol de ser "bom" em muitas áreas, é ultrapassado.
Mal necessário? (apesar de achar que sim, penso que ainda pode ser) Discutível...

(peço desculpa por alguma eventual "ideia confusamente expressada", mas não me apetece reler e corrigir o texto todo... lol)
DTG

domingo, outubro 05, 2003

Re: Sono
Mas Sono é vida. Independente de padrões. Independente de desejos. Sono é sono. Sonho é sonho. E pode ser esse dom do bocejo um instrumento poderoso. Nele podemos sempre, sempre refugiarmo-nos. E nele não interessa procurar respostas, vontades ou desvontades.
Mas sei que não era isto que querias dizer. Mas com sono estou eu e sobre ele sabe bem divagar, saltando de nuvem em nuvem.

Às vezes não há padrões sociais que nos impeçam de chegar onde queremos. Às vezes o único obstáculo somos nós mesmos, com tudo o que acarretamos. E não se trata de orgulho ou exagero de moral. É possível, e certamente provável, chegar a um momento das nossas vidas em que o que mais desejamos é o que menos queremos. Antítese? Paradoxo? Verdade.
Estranha, mas verdade.
JV

sábado, outubro 04, 2003

Elogio da dignidade, mas se calhar nem tanto...
Confesso que este é um desabafo quase espontâneo e ainda um pouco mal informado, na medida em que ainda não tive acesso a informação detalhada sobre reacções ao sucedido, bem como às declarações da pessoa em questão. Refiro-me, no entanto, ao ministro Pedro Lynce que teve a dignidade de se demitir do cargo após o escândalo que se formulou. Elogio então a dignidade da pessoa.
Não posso no entanto de reagir com escândalo a uma situação tão ridícula e absolutamente vergonhosa. Sem palavras para descrever o absurdo da situação, remeto-me apenas a reflectir sobre o quão inevitável era esta demissão após tamanho erro de um cidadão que era suposto ser modelo de responsabilidade e civismo ao ocupar um cargo tão importante e crucial no nosso país. Senão vejamos: em plena crise económica e social há que necessariamente fazer uma aposta no futuro, se queremos apanhar o comboio da Europa (aos mais desatentos, sim ainda pertencemos à Europa apesar de ultimamente vivermos o “sídrome colónia norte-americana”). E é aqui que cada vez menos se investe nas universidades e se exige mais dos alunos (de forma absurda, senão vejamos aumentos percentualmente astronómicos nas propinas). E agora vemos o nosso ministro envolvido em escândalos dignos de figurar em publicações do “Incrível”.
Note-se que contra factos não há argumentos. Este acontecimento foi a demissão anunciada de Pedro Lynce. Dignidade salvaguardada, mas se calhar nem tanto...
JV

quarta-feira, outubro 01, 2003

Não ausente de mim pode estar a "Rainha das Ciências". Parte integrante da minha vida, permitam-me...

Frases que ficam (VI)

“O binómio de Newton é tão belo como a Vénus de Milo.
O que há é pouca gente para dar por isso.”
Álvaro de Campos / Fernando Pessoa

“Um trabalho matemático é, para quem o sabe ler, o mesmo que um trecho musical para quem o sabe ouvir, um quadro para quem o sabe ver, uma ode para quem a sabe sentir.”
Gomes Teixeira

“Arquimedes será lembrado quando Ésquilo estiver esquecido, porque as línguas morrem e as ideias matemáticas não. “Imortalidade” pode ser uma palavra disparatada, mas provavelmente um matemático tem mais hipóteses do que quer que ela possa significar”
G.H. Hardy, A Mathematician’s Apology

JV