Confronto

Duas vozes - duas visoes...
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terça-feira, outubro 07, 2003

Homem do renascimento... volta!
Eu não gosto de ser lamechas... É claro que se formos analisar bem fundo todos somos lamechas, principalmente no que toca naquilo que dizemos às pessoas por quem estamos apaixonados... Por mais duros que sejamos, ou queiramos ser, no íntimo acabamos por ser moles! Mas não era sobre isso que queria reflectir, não que não seja um bom tema para isso (aqui fica o repto...).
Durante uma fase da minha inocente adolescência, quando na escola estudava a fase do Renascimento, tive um "sonho" muito pessoal. Sonho entre aspas porque não era nada que esperava um dia vir a conseguir, mas algo, transcendente, que seria extraordinário viver... Que era (informação avançada em primeira mão lol) ser um homem do Renascimento. Gostava, não tanto de ter capacidades físicas e cognitivas mas de ter um conhecimento abrangente. Se bem se lembram o Homem Ideal do Renascimento seria aquele que teria capacidades nas mais diversas e distintas áreas.
Tudo isto para dizer que hoje experienciei algo que será, certamente, o mais perto daquele oculto sonho que alguma vez conseguirei estar. Eu, que sou um estudante de Direito fui contactado para dar explicações de Física. Bem sabendo que é, em certa medida, uma falsa questão, visto que estive em Engenharia o ano passado, esta situação foi nostálgica e, em certa medida, até me fez sentir bem.
O que posso concluir daqui? É que o que no Renascimento era a figura de Homem Ideal é hoje-em-dia impensável. Não que na altura algum homem fosse capaz de atingir esse estatuto, mas hoje em dia nem enquanto utopia é eventual uma ideia dessas. No nosso mundo há muito que caminhamos para a especialização em determinada área. E, há que dizê-lo que só com essa especialização de cada indivíduo foi possível a evolução do nosso mundo até aos dias de hoje. Mas, há que reflectir que a evolução geral se deu devido a uma "perturbação" individual.
O Homem tem caminhado para o saber específico, onde vai perdendo faculdades ao nível da abrangência do conhecimento... Essa é a única maneira de cada indivíduo acompanhar o mundo, pois se não fôr muito bom em nenhuma área, em prol de ser "bom" em muitas áreas, é ultrapassado.
Mal necessário? (apesar de achar que sim, penso que ainda pode ser) Discutível...

(peço desculpa por alguma eventual "ideia confusamente expressada", mas não me apetece reler e corrigir o texto todo... lol)
DTG