Sim ou não? E que tal... nada?
Afinal que espécie de obrigação temos nós perante a nossa condição de ser livre, mental, física e espiritualmente? Parece que tudo e todos se conjugam para forçar tomadas de posição, para pressionar atitudes... Porque é que perante uma situação não podemos simplesmente renunciar à possibilidade de dizer sim ou não? E mesmo que em nós essa posição esteja tomada, quem tem o direito de exigir conformidade dos nossos actos com os nossos pensamentos, apelando de forma vil a uma espécie de tortuosa consciência? Penso que temos de facto a obrigação ética de sermos coerentes com os nossos princípios. Contudo, não penso ter a obrigação de por em prática todos os meus ideais.
Tenho o direito à apatia. Tenho o direito ao silêncio público. Tenho direito a não manifestar as minhas ideias. Tenho o direito de estar calado quando bem me apetecer. E isto não implica uma contradição. Não renego às minhas ideias por escolher uma forma recatada de as defender. E não têm o direito, sobretudo, de erguer o indicador para mim porque eu estou dentro da minha pequena liberdade, uso-a como quiser e considero triste o exigir de contrapartidas na exposição verbal de ideais quando o dedo que aponta nada sabe sobre a mente, personalidade, espírito, condição física ou emocional daquele que está a ser apontado.
Vivemos na sociedade do Sim e do Não e pensamos nesses moldes. E quando nos apetece fazer Nada sorriem ironica e sarcásticamente: “Realmente acho piada”.
JV
Afinal que espécie de obrigação temos nós perante a nossa condição de ser livre, mental, física e espiritualmente? Parece que tudo e todos se conjugam para forçar tomadas de posição, para pressionar atitudes... Porque é que perante uma situação não podemos simplesmente renunciar à possibilidade de dizer sim ou não? E mesmo que em nós essa posição esteja tomada, quem tem o direito de exigir conformidade dos nossos actos com os nossos pensamentos, apelando de forma vil a uma espécie de tortuosa consciência? Penso que temos de facto a obrigação ética de sermos coerentes com os nossos princípios. Contudo, não penso ter a obrigação de por em prática todos os meus ideais.
Tenho o direito à apatia. Tenho o direito ao silêncio público. Tenho direito a não manifestar as minhas ideias. Tenho o direito de estar calado quando bem me apetecer. E isto não implica uma contradição. Não renego às minhas ideias por escolher uma forma recatada de as defender. E não têm o direito, sobretudo, de erguer o indicador para mim porque eu estou dentro da minha pequena liberdade, uso-a como quiser e considero triste o exigir de contrapartidas na exposição verbal de ideais quando o dedo que aponta nada sabe sobre a mente, personalidade, espírito, condição física ou emocional daquele que está a ser apontado.
Vivemos na sociedade do Sim e do Não e pensamos nesses moldes. E quando nos apetece fazer Nada sorriem ironica e sarcásticamente: “Realmente acho piada”.
JV
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home