Confronto

Duas vozes - duas visoes...
Diversidade de opinioes com direito de resposta...

quarta-feira, fevereiro 23, 2005

Antigripal
O nariz entope, a garganta seca, do peito parece saltar uma estranha fraqueza.
Antigripal na vida, da vida, impede a agravamento, a doença só por si. Uma força que afasta, sem permissão os males. Os males que são os verdadeiros (e únicos?) bens.
O nariz desentope, a garganta pigarreia, do peito parece não vir mais nada a não ser a secura e o marasmo de nós mesmos.

quinta-feira, fevereiro 17, 2005

Um ponto importante: Tu não me querias a governar Portugal, mas eu também não!!! Credo! Não agoires... (a mim não o país...).

E devo elogiar-te (?) Daniel. De facto, tens uma argumentação muito... política. Consegues silenciar factos mesmo sabendo que contra factos não há argumentos... Ou talvez não. E desconfio que todos os adeptos deste PSD gostam muito do Guterres. Estão sempre a falar nele. Como se 3 anos não tivessem passado.

E uma última palavra: Jorge Sampaio é o Presidente da República. A primeira figura do estado português, eleito democraticamente e com toda a credibilidade que se deve atribuir a essa instituição. Se há mais de meio ano tomou a atitude que considerou certa, não ouviste de mim críticas, mesmo não concordando, porque confio nele e estava certo que ele tinha escolhido o mal menor para o nosso país. Estava certo disso porque não estava (nem estou em posição de o julgar). Tomada esta nova decisão temos de reconhecer novamente essa certeza. A certeza de que o nosso presidente terá escolhido o mal menor. Acho que tanto da parte do PS como do PSD existiram reacções às decisões do presidente que foram absolutamente lamentáveis, mas a campanha anti-Sampaio neste acto eleitoral pelos partidos de direita tem sido triste de ver. Acredito que sempre agiu de forma correcta e honrada.

E se reconheceu incompetência deste governo, para quê elegê-lo novamente?

segunda-feira, fevereiro 14, 2005

Re: Roupa suja, cá vai...

Jorge, como prometido:

- (propinas) Estás equivocado! O sistema social não é muito bom! Pretende-se que o venha a ser e por isso, e por muito que nos custe, tem que se ir buscar a algum lado. Não funciona o sistema de tirar tirar, e não pôr nada!
- (tanga) É curioso tentar perceber um fenómeno sociológico que teve lugar em Portugal. Quando Durão Barroso cá estava, toda a gente dizia “O discurso da Tanga, o terror de Ferreira Leite, a depressão portugueses, o discurso negativista, exacerbado, quase de pânico... Uma falta de responsabilidade.”. Quando ele se foi embora, por muito que doa a muito boa gente foi eleito para um dos três cargos políticos mais importantes do mundo, o discurso inverteu-se totalmente. Começando pelo Sr. Presidente da República que logo lançou o aviso- este novo governo terá de continuar com as políticas orçamentais restritas. Pergunto-te Jorge: é porque essas políticas eram más?! Quando se foi embora, Durão Barroso passou a ser o salvador e o modelo a ter em conta, pelos partidos de oposição. Era “exacerbado?!” – qual foi o único partido, Jorge, que referiu a possibilidade de aumento de impostos durante esta campanha eleitoral?
- (Morais Sarmento) Realmente foi de lamentar tal afirmação. Mas, a verdade é que esse ministro teve a coragem de pegar numa velha caduca, que tinha prejuízo maior do que o orçamento para a Cultura! E, a verdade é que hoje a RTP está revigorada, o processo de renovação foi um êxito total, e a 2: é hoje um canal muito melhor conseguido do que era a RTP2. Ou, Jorge, não és capaz de ver isso? Finalmente o projecto da RTPN foi levado adiante, ou não vês isso? Outro exemplo de empresa que lá bem do fundo conseguiu recuperar é a TAP. Em números redondos em cerca de dois anos passou de 10 milhões de prejuízo, para 2 milhões de lucro, ou não vês isso?
- Nunca fui apologista da acção unilateral no Iraque. Mas, a posição do Governo português não podia ser outra, junto a um dos nossos maiores aliados, economicamente falando. Jorge, tenho que te relembrar da questão do Kosovo?
- (tomada de posse) Estás a ser muito mesquinho, desculpa que to diga! É o que digo, vale pegar por tudo e por nada!!! “Amigos”?! Jorge, a política também é feita de confiança. Acho que não te queria a governar Portugal, correríamos o risco de convidares os teus inimigos (e digamos que não me iria sentir muito seguro)!!!
- (Marcelo) Gomes da Silva, de facto, não foi sensato! É claro que acabamos por assistir a um certo aproveitamento político, e, mais uma vez, a um hiperbolizar extremo pelo meios de comunicação social. E, já agora, pelo Sr. Presidente da República que teve uma conduta lamentável ao chamar Marcelo antes de falar com o primeiro-ministro.
- (atraso nas listas) Ora aqui está um dos poucos verdadeiros problemas que existiram durante a governação Santana. Quase tudo o resto foi fachada...
- este último ponto é, no mínimo risível!!! Será "homem acima das suspeitas”(a negrito e tudo!) um Presidente da República que, pela primeira vez em 30 anos de democracia, dissolve uma Assembleia que tem uma maioria estável? Será, um presidente que aponta todas as armas ao governo, e dissolvendo a assembleia nem se “lembra” de demitir o Governo (para ser coerente o PR deveria ter demitido o Governo e depois, achando falta de capacidade de se formar novo Governo dissolver a Assembleia!!!)? Será, um presidente que pretende deitar abaixo um governo aproveitando-se, de forma absurda, da demissão de um ministro de terceira linha, quando não demitiu o Governo de Guterres quando o número 2, ministro das Finanças se demite e afirma que “este é o pior Governo desde D. Maria II”? Será, um presidente que pondera durante 10 dias sobre a dissolução ou não da Assembleia pela saída de um primeiro-ministro para um cargo internacional, não tendo por base qualquer instabilidade, quando pretendeu dar a oportunidade a Guterres de formar novo Governo quando este “fugiu” ao afirmar que tinha deixado o país num “pântano”? Será? Será Jorge?

Já me alonguei demais e só termino com isto, qual é o consolo que esperas de dia 20 de Fevereiro?! O regresso de uma equipa que sem se renovar admitiu ter deixado o país num mau estado, e admitindo, tacitamente, a sua falta de capacidade para contornar tal situação o que fez foi fugir, foi deixar a batata quente nas mãos de outrém? Ora, só te posso dizer que o meu consolo será bem diferente... Será dar-se a oportunidade de uma legislatura inteira, sem jogos mesquinhos, e sem baterias apontadas todas no mesmo sentido, desde Presidente da República a órgãos de Comunicação Social, a quem não tem medo de agir!!! (aguardo resposta, se a tiveres...)

sábado, fevereiro 12, 2005

Roupa suja, cá vai...
Destesto lavar roupa suja quando toda a gente a vê suja, quando a sujidade é tão óbvia. Mas para não me acusarem de esquivar eu falo. Claro que terás certamente o prazer de rebater e eu não conseguirei compreender como é que tu e tantos outros não conseguem ver a palhaçada governativa de Portugal dos últimos três anos. E convenhamos que ao fim destes três anos os erros cometidos acabam sempre nas costas de Guterres. Culpado? Sim, errou. Mas porque não conseguem assumir os seus erros os actuais governantes?

Comecemos: Durão Barroso:
- Aumento das propinas universitárias, aumentando os encargos. Justificação: O sistema de apoio social é muito bom... Vê-se...
- O discurso da Tanga, o terror de Ferreira Leite, a depressão portugueses, o discurso negativista, exacerbado, quase de pânico... Uma falta de responsabilidade.
- Dinheiro lançado pela janela em submarinos e afins. É óbvio que é tudo o que precisamos quando há gente a sofrer com um sistema de saúde ineficaz, um sistema educacional visivelmente debilitado, etc...
- O início do reinado de erros de Morais Sarmento, com a tentativa de eliminação do segundo canal da RTP (Que depois lá se arranjou negócio para o manter...), com a bela frase "Seria mais fácil pagar uma viagem à volta do mundo aos espectadores do Acontece do que manter o programa no ar"
- A triste decisão da intervenção no Iraque que já tive a oportunidade de criticar aqui e que nos envolveu em gastos com uma guerra sem o aval da ONU e iniciada sobre propósitos falsos e que permitiu-nos dispensar agentes da GNR quando a criminalidade em Portugal é cada vez maior...
Etc... Etc... Etc...

Continuemos: Santana Lopes
- Começa bem com uma tomada de posse tudo menos normal, cheia de gafes, ministros que não sabem os nomes das suas pastas, secretários de estado que transitam de uma pasta para outra à última da hora, pastas para os amigos, etc...
- Palhaçada da deslocalização. Um dia diz-se uma coisa outro dia diz-se outra (Que foi o forte deste governo) sobre um assunto sem real interesse para o país. Não descentraliza o poder, apenas distrai o povo...
- Caso Marcelo, ministros que dizem o que não devem mesmo que não tivessem intenção de pressionar... (aliás dizer o que não devem foi constante neste governo)
- Atraso no início do ano lectivo, lançando o caos nas listas de professores. Uma ministra da educação que não assume devidamente os erros cometidos, uma ministra que não acha interessante ir ao parlamento falar aos deputados...
- Quando o Presidente da República, homem acima de suspeitas, manda para a rua aquela gente por incompetência e instabilidade política, como é que esta gente arranja moral para, criticando acidamente o PR (e sim, o PS também o fez antes... Mas o PS não é governo) ainda se candidatar a formar o mesmo executivo?

Bem, Daniel... Espero que chegue. Termino com uma indignação palpitante dentro de mim. Uma indignação que espera consolo dia 20 de Fevereiro.

quinta-feira, fevereiro 10, 2005

Férias?!
Depois de um mês intenso de frequências tenho férias. Gostava de tentar analisar convosco tal conceito, férias. As aulas começam já na 2.ªf e até lá tenho um trabalho de investigação para fazer, no qual ainda não toquei :/ Férias?! hehe

Quanto à campanha, sinceramente apetece-me escrever sobre ela, mas ainda não vai ser agora, mas prometo que será em breve.

Quanto ao segundo parágrafo do último post do Jorge: -Jorge já que não somos polçíticos, não somos demagogos e não queremos que nos chamem isso eu desafio-te a dizeres-me o que foi desastroso nestes 4 meses, e o que não foi muito feliz nos dois anos anteriores. Dá-me a sensação de que as pessoas dizem que as coisas são uma lástima, e é uma vergonha, quando já nem se lembram do que estão a falar, mas já ganharam o vício de o dizer. Não estou a dizer que correu tudo bem, só que me sinto capaz de responder a, quase, tudo o que me possas apresentar.
Aguardo... (há muito que não há um Confronto :) )

quarta-feira, fevereiro 09, 2005

Recomendo também...

... A bela campanha eleitoral que estamos a ter. Quase poética. Quase épica. Quase inteligente... Temos um PSD em desespero (uma JSD com cartazes rídiculos, quase escandalosos de "bota-abaixo"), um PS estagnado temporalmente no seu discurso de há duas semanas atrás, um PCP que ainda acredita ter futuro, um PP que acredita (ou faz que acredita) ter papel relevante num futuro melhor para o nosso país, um BE que por muito boas intenções que possa ter age como o filho rebelde e inconformista, mesmo quando não precisa, um PPM que vai chegar à assembleia a república através das listas do PSD Lisboa (ridículo) com o seu discurso machista e retrógrado, Um PCTP-MRPP que vai dizendo montes de disparates (não tantos como o PPM, mas enfim...), e outros partidos que por mais que tentem nem são bem ouvidos (acabam por entrar por um ouvido a cem e sair pelo outro a duzentos).

Mas um deles tem que formar governo. E nós temos o DEVER de o escolher. Por isso resta escolher o menor dos males. E, lamento dizê-lo, mas depois destes quatro meses desastrosos em conjunto com os dois anos não muito felizes mas dos quais já ninguém se lembra graças ao efeito Santana, o menor mal não me parece ser manter aquela gente no poder...

Mas desde que vi Bush ser reeleito, já acredito em tudo...

Closer...

É um filme. Nomeado para os óscares, etc., etc., etc...

Mas é mais que isso. É o retrato da falta de razão, de senso, de lógica n'O sentimento. É uma visão estranha e talvez não tão estranha da luta contra a felicidade (ou algo mentalmente semelhante). E é real. Real de uma forma seca e natural. E distante. Como um livro lido algures...

Não sou crítico. Não tenciono ser.
Mas recomendo...

sexta-feira, fevereiro 04, 2005

Às vezes
Às vezes estabelecemos metas que sabemos à partida que não serão alcançadas. Às vezes perdemo-nos em devaneios, alvos com a palavra "ERRADO" pintada de vermelho. Às vezes só restam nomes. De pessoas, de objectos, de cidades... de coisas. Coisas. Coisas. E os nomes são tão ou mais fortes que as ideias. Porque as ideias têm fundamento e os nomes, quando delas desprovidos, não. E é esse o alheamento, o estranhamento da objectivo fixo e imutável (e desejavelmente imutável). Muitas vezes porque precisamos dele para dar sentido. Dar sentido... Até mesmo ao que não o tem.
Às vezes olhamos de lado para o que desejamos (ou para o que pensamos desejar). Medo de o transformar em razão (medo de não o ter em coração). E às vezes perdemos tudo quando damos conta que perdemos a ingenuidade na vontade... E que não percebemos mais o que significa "querer".