Confronto

Duas vozes - duas visoes...
Diversidade de opinioes com direito de resposta...

domingo, dezembro 28, 2003

Olhando... sob o véu do tempo
Vejo mais um ano passado. 2003 já deu tudo de si. Mal ou bem por ele todos passámos. Com alegrias e tristezas. Não com indiferença. Não creio que 2003 foi apenas “só mais um ano”... É difícil que o tenha sido, quando em nosso redor tudo mudou. O mundo em geral, a nossa Vida em particular. Talvez nesta época de balanço muito seja dito e pensado, mas pouco seja sentido. Sabe certamente bem escutar no escuro do quarto as memórias que trazem ao nosso coração os momentos que nos marcaram. Mas mais que isso, terá um sabor ainda mais forte a certeza de que esses momentos existiram, que foram nossos, que os Vivemos verdadeiramente.
Eu procuro ainda essa certeza. A certeza das recordações.

Quem a tem, votos de que não a perca.
Quem não a tem votos de que possam tê-la em breve. E que nela prosperem em 2004.
JV

sábado, dezembro 27, 2003

aviso

Este post serve só para informar que o sistema de comentários está normalizado, e transportei os dois comentários presentes em sistema de comentários temporário para o normal.

Aproveito para recomendar uma visita ao Molhado. Já aqui tinha sido referenciado mas só agora começa a ter alguma actividade visível e começa a valer a pena uma visitinha... ;)
DTG
Blogue

Este blogue promete... :) (Não o inseri na rúbrica "Confronto recomenda" por ter ainda poucos posts e estar muito no ínicio, mas acho que "vai lá chegar" (não que sejamos alguns juízes... lol"). Não que a presença nessa rúbrica signifique alguma coisa. Quase me fiz sentir importante... lol Na nossa simples humildade... :) )

meia noite de todos os dias

DTG

quarta-feira, dezembro 24, 2003

SMS´s natalícias

Antigamente havia defensores da teoria de que datas como o Natal, Páscoa e Dia dos Namorados eram fruto das grandes companhias de postais. Os tempos mudam e, concerteza, continuarão a haver defensores de teorias idênticas... Mas agora, já actualizadas essas teorias, os grandes conspiradores serão, certamente, as redes de telefones móveis.
Eu bem faço a minha parte, pois só nos últimos dois dias envieis mais de 80 SMS´s.

Já agora queria abordar só mais um ponto em relação a esta matéria. Ponto este que se prende com as diferenças que existem entre os homens e as mulheres nesta época.
Ora, uma mulher que queira escrever uma SMS para enviar às 342 pessoas da sua lista telefónica escreve: "Feliz Natal e Próspero Ano Novo! Beijos" e não há problema algum.
Agora analisemos a situação análoga para o homem: "Feliz Natal e Próspero Ano Novo! Cumprimentos" (nop, muito impessoal...); "Feliz Natal e Próspero Ano Novo! Beijos para as raparigas, abraços prós rapazes" (nop, muito comprido); "Feliz Natal e Próspero Ano Novo! Beijos e Abraços" (nop, corremos o risco de algum nosso amigo mais tendencial interpretar mal as nossas palavras); "Feliz Natal e Próspero Ano Novo! Com carinho" (nop, corremos o risco de provocar a reacção: "CARINHO?! Eu não quero o teu carinho!!!"). Ok, desisto! Fica mesmo: "Feliz Natal e Próspero Ano Novo!".

Um Feliz Natal para todos os que têm a felicidade (lol) de estar a ler este blogue na véspera de Natal... :)
DTG

segunda-feira, dezembro 22, 2003

Santa Catarina
Afamada rua de comércio da cidade do Porto. Um rio de gente em correrias de compras e mais compras. Eu sou mais um nessa multidão infindável de mentes e corpos que se passeiam e esbanjam o seu dinheiro em coisas talvez não tão úteis como o que dia após dia nos convencemos que são. É de facto triste ver a perspectiva de um ser humano que vive e se movimentas apenas por essas coisas estúpidas. Mas eu sou um deles. Estúpido como todos os outros...

Talvez seja este o efeito do Natal, repensar a vida de uma outra forma, de uma outra perspectiva. Não vendo mais os presentes que estão debaixo da árvore de Natal, mas olhando mais para o brilho que ela ostenta, para a sua beleza e a beleza do que podemos Ser enquanto seres racionais e emocionais.

A todos os leitores, votos de um renascimento, votos de uma nova alegria neste Natal.
JV
Fantasmas de Natal
Época esta conturbada. Fruto da imaginação de vários realizadores de cinema (ou talvez fruto de uma fria observação da realidade), o Natal é muitas vezes visto como sendo altura de reviver traumas, de sofrimentos, de memórias passadas ou de mágoas ainda presentes. Estranho ver em Dezembro e inícios de Janeiro um espírito de alegria e festividade que oculta, muitas vezes, um sombrio e profundo pesar por memórias que talvez não mereçam uma maior atenção que todas as outras. E todas as outras parecem, junto destas, memórias empoeiradas e insignificantes.
Afinal o Natal pode reavivar em nós o que de melhor há. Mas isso só nos lembra de que por melhor que possamos estar, um dia o nossa Natal não foi como é hoje.
JV

Problema com o sistema de comentários
Existe um problema com os comentários que estamos a tentar resolver. Entretanto pedindo a compreensão de todos pedimos que utilizem o sistema de comentários temporário que está ao lado dos comentários normais até informação em contrário.
Obrigado!
DTG

sexta-feira, dezembro 19, 2003

Frases discutíveis III
"Hoje-em-dia as ideias valem não pela sua qualidade mas pelas massas que movimentam" (Domingos Pereira de Sousa, comprimido e editado)

Eu atrevo-me a dizer que gosto de pensar na consciência das pessoas. Isto é, ainda acredito que as pessoas têm um pouco de capacidade para pensar e analisar aquilo que se lhes depara. Assim sendo penso que as massas só se movimentarão se as ideias, pelas quais se movem, tiverem qualidade.
É óbvio que muitas vezes a realidade apresenta-se desfigura, e podemos ser "levados", e também é claro que há pessoas insconscientes, mas ainda não somos robots... Pelo menos é no que gosto de acreditar... No fundo, a qualidade movimenta massas, e as massas "valoram" as ideias. Na bases está a qualidade!
E, não se costuma dizer, não estou a dizer que concordo ou não, que são as minorias que movimentam o mundo?
DTG

quarta-feira, dezembro 17, 2003

Acabei de ler um texto publicado no Cantinho dos Intelectuais da autoria de Tiago Serôdio e cheguei à conclusão que há quem muito fale, e por vezes até nos dá a sensação de que fala bem, mas acaba por não dizer nada...
Ora aqui está parte do texto que comprova isso:
"
O blog será a coisa mais próxima da clonagem do espírito humano. Clonagem năo será o termo, mas criogenia. Mas só se sentirăo avenças após milhőes e zilhőes de blogs. Só num futuro cataclismático, em que o “ser humano” desaparece e renasce o “humano ser”, em que será necessário simular, recriar, delindrar, inspeccionar, copiar, formatar um espírito, o blog será o bem mais precioso. A arqueologia da nossa mente. O fluir livre de ideias. É estupidez, lucidez, o amor e rancor, amigos feitos e desfeitos, ideias boas e nunca más, quanto muito neutras; é densidade e concentraçăo, é o medo e desejo, é a dúvida e a certeza, e tanto mais quantas as palavras de todos os dicionários – todos em dinâmica. E é nesta dinâmica que nos, inconscientemente no ajudaremos a recriar como espécie, se tal chegar um dia.
"
Do mesmo texto:
"
Porque? Porque mais uma ferramenta desnecessária do inócuo vazio do intelecto humano? Porque perder tempo e recursos energéticos com um exercício mental que em nada contribui para o desenvolvimento conceptual das nossas vidas, que năo nos ajuda patavinas na nossa economia, que quanto muito será mais uma encruzilhada de desentendimentos e exercício frenético de rigidez plástica linguística…?
"
Imagino que, segundo o autor, tudo o que fazemos deveria ter um peso para o "desenvolvimento conceptual das nossas vidas", ou ajudar alguma coisa na nossa economia. A vida do Tiago deve ser MESMO cheia de substância!!! Ou então tão oca...

Imagino que este post tenha sido mais uma "encruzilhada de desentendimentos e exercício frenético de rigidez plástica linguística".
DTG

terça-feira, dezembro 16, 2003

Re: Porquê?
Revolva-se o passado. Renove-se o presente. Com ou sem ele. Em jogo apenas o querer e nada mais.
Prateleiras: ou se arrumam...
Ou não.
JV

sábado, dezembro 13, 2003

Porquê?
Para quê esperar pelo que já esperamos?
Para quê termos aquilo que já tivemos?
Porquê sentir o que já sentimos?
Porquê estar onde sempre estivemos?
DTG

sexta-feira, dezembro 12, 2003

Resistir
Estranho. Resistir às palavras. E às vontades. Sempre as achei insuficientes. Nunca roubarão aquilo que ninguém nos pode tirar. Nunca serão a essência que se poderá recear perder.
Assim creio. Assim espero.
JV
Vontade
Por vezes chego em frente ao teclado e sinto uma vontade espontânea e explosiva de escrever tudo aquilo que me vai na alma...
Mas resisto, e refugio-me nas palavras:

"... you´re crazy when you think
that I will let you in
my sunshine and my rain
the thoughts I hide away
from all the world to see
... no you can´t take that from me" (David Fonseca, My sunshine and my Rain)

Música esta que ao vivo atinge, então, uma dimensão esplendorosa!!!

(Amanhã com aulas às 8 da matina e eu aqui...)
DTG

quarta-feira, dezembro 10, 2003

É Natal!
Estamos quase no Natal... E conseguimos reparar, instântaneamente, nisso... É o sorriso na cara das crianças, são as pessoas que se tornam mais bondosas, é o brilho nos olhos de cada pessoa por que passas, é o cheiro que vai no ar, são as nuvens, a chuva, o vento, é o gesto carinhoso que te acenam...
Desculpem mas isto é tudo mentira!!! Lembrei-me agora como seria bonito que o que acabei de escrever fosse verdade. Mas, a verdade é que chegamos à conclusão de que é Natal, unicamente, pelos shoppings atolhados de pessoas atarefadas, pela publicidade, porque as férias estão aí e porque sabes que há uma razão qualquer para comprares uns presentes...
É pena...
DTG
Voltei, voltei... Voltei de lá...!
O meu computador teve doente!!!
Parece que é quando não podemos que mais nos dá vontade de escrever... lol Tanta coisa quis escrever aqui para o Confronto durante esta semana, e neste momento não me lembro de nada...
Aproveito para deixar aqui mais uma recomendação :) :
Devaneios Vários

DTG

segunda-feira, dezembro 08, 2003

Sentidos perdidos
Ser único.
Estar só.

Em redor são mais.
Melhores?
Sim, talvez.

“Cada um tem o que merece”
Alguém dizia...
Quando o tempo era Tempo.

Ser que padece.
Ser que, provavelmente, merecia...

Sim... talvez...

São Memórias. Em assalto.

Sobre elas paira ainda o cheiro a enxofre.
Do estranho disparo
Ouvido em sobressalto.
Esperando agora um outro duelo...

Na sombra do que foi.
Na sombra do que não foi.
Na sombra do que não é.

Perdido em odores
(E não amores)
Navega, silencioso.

Não aguarda mais o regresso dos sentidos.

Sentidos perdidos
(Ou dissabores achados)
Numa guerra...
Daquém ou d’além...
Que deixou nos lábios
O sabor árido da terra
Que não gera,
Onde os frutos não mais brotam.

Lá ao fundo, vejo os sonhos prometidos.
È tão mais fácil sonhar.
E tão mais difícil realizar.

Ser Alguém é já não ser o previamente definido...

Já não ser uma massa disforme
De ar, água, dor e fome...
JV

quinta-feira, dezembro 04, 2003

Tornado
Vendaval. Ao longe vejo o turbilhão que povoa os outros. Aqui, sentado no meu canto, protegido do frio, do vento e da chuva, vejo-os de guarda-chuva virado do avesso, de cabelos molhados que, apesar do seu peso, se erguem no ar. Lá ao fundo uma mulherzinha frágil ou um homem desajeitado deixou cair algo no chão e o vento levou. Bem ao meu lado alguém corre e esbraceja contra o vento para alcançar abrigo. A chuva cai. Porque tem que cair. Caso contrário que seria e nós, afinal?
E depois da tempestade... Torna cada um a si mesmo aguardando pelo momento em que, no dia seguinte, sairão novamente à rua, deixando um pedaço de si em cada luta. Eu, no meu cubo de vidro vejo-os. O barulho do água no vidro é ensurdecedor. Os carros à minha volta ameaçam atropelar caso eu não saia da estrada. Teimoso, obstinado na minha vontade (?) ou desvontade de não sair, deixo que o espírito voe.
Afinal, junto ao mar, o vento tem um sabor especial...
O da saudade...
Dos tempos e liberdade...
JV
Querer não podendo
O nariz, em tom de espirro ameaça. Os olhos semicerram. Quando dás por ti estás em sintonia com os teus sentimentos, com as tuas emoções, num estranho contacto íntimo e subitamente inesperado. A espectativa de uma lágrima é tão grande que a sentes antes de a sentires. E quando te apercebes não choras afinal. Como se não tivesses lágrimas. Mas quisesses ter... Estranho.
O olhar fixa. A memória passa. Branco...
JV

terça-feira, dezembro 02, 2003

Ironia – faca de dois gumes...
Um suspeito nunca é levado a sério. E um irónico também não... Até que ponto podemos brindar os outros com a delícia de uma pequena ironia, de um pequeno sarcasmo? Até que ponto perdemos credibilidade quando exercemos o prazer de brincar com os vícios da sociedade? É uma questão pertinente quando nos acautelam de não sermos explícitos nos nossos actos. Torna-se uma questão fulcral repensar atitudes quando dizem que é difícil distinguir uma conversa séria de uma brincadeira irónica...
Mas até que ponto devemos alterar personalidades ou feitios quando temos o direito de pedir dos outros alguma adaptação ás nossas qualidades e/ou defeitos?
JV

segunda-feira, dezembro 01, 2003

O Confronto Recomenda...
- Uma visita ao novo Molhado, do qual não fazemos ideia de quem são os autores!!!
DTG