Tornado
Vendaval. Ao longe vejo o turbilhão que povoa os outros. Aqui, sentado no meu canto, protegido do frio, do vento e da chuva, vejo-os de guarda-chuva virado do avesso, de cabelos molhados que, apesar do seu peso, se erguem no ar. Lá ao fundo uma mulherzinha frágil ou um homem desajeitado deixou cair algo no chão e o vento levou. Bem ao meu lado alguém corre e esbraceja contra o vento para alcançar abrigo. A chuva cai. Porque tem que cair. Caso contrário que seria e nós, afinal?
E depois da tempestade... Torna cada um a si mesmo aguardando pelo momento em que, no dia seguinte, sairão novamente à rua, deixando um pedaço de si em cada luta. Eu, no meu cubo de vidro vejo-os. O barulho do água no vidro é ensurdecedor. Os carros à minha volta ameaçam atropelar caso eu não saia da estrada. Teimoso, obstinado na minha vontade (?) ou desvontade de não sair, deixo que o espírito voe.
Afinal, junto ao mar, o vento tem um sabor especial...
O da saudade...
Dos tempos e liberdade...
JV
Vendaval. Ao longe vejo o turbilhão que povoa os outros. Aqui, sentado no meu canto, protegido do frio, do vento e da chuva, vejo-os de guarda-chuva virado do avesso, de cabelos molhados que, apesar do seu peso, se erguem no ar. Lá ao fundo uma mulherzinha frágil ou um homem desajeitado deixou cair algo no chão e o vento levou. Bem ao meu lado alguém corre e esbraceja contra o vento para alcançar abrigo. A chuva cai. Porque tem que cair. Caso contrário que seria e nós, afinal?
E depois da tempestade... Torna cada um a si mesmo aguardando pelo momento em que, no dia seguinte, sairão novamente à rua, deixando um pedaço de si em cada luta. Eu, no meu cubo de vidro vejo-os. O barulho do água no vidro é ensurdecedor. Os carros à minha volta ameaçam atropelar caso eu não saia da estrada. Teimoso, obstinado na minha vontade (?) ou desvontade de não sair, deixo que o espírito voe.
Afinal, junto ao mar, o vento tem um sabor especial...
O da saudade...
Dos tempos e liberdade...
JV
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