Re: A comédia do governo
Caro Jorge:
Não me parece ser característica tua tal demagogia política, tão natural em certos Louçãs ou Carvalhas, que demonstras no ínicio do teu post. Desafio-te quanto ao segundo parágrafo do texto a dares exemplos, pois as postas que mandas são infundamentadas, e só lhes conseguirás dar-lhes profundidade com algum exemplo. Que exemplo me poderás oferecer quanto às "Secretarias de estado “sorteadas” para os tachos que Santana pretende distribuir"? Não estarás tu a "dizer as coisas no calor do momento", já que tu não "sofre(s) as consequências"? Parece-me pura demagogia, mas espero para ver se estarei enganado, visto que não te tenho em tal conta.
Quanto à justificação da "lábia experiente" do nosso primeiro-ministro não tenho comentários. É de um tão baixo nível, que desconhecia em ti, que não merece qualquer opinião.
Concluindo quanto a conteúdo político digno de nome o texto com que nos presenteaste, Jorge, é nulo. Mas, aguardo, pois sei que és capaz de fazer melhor...

A negligência das amizades adormecidas
Sentir o mundo girar pelo poder das nossas mãos e ver que ele não gira se não lhe dermos um impulso! Que sensação mais frustrante... Ver que a saudade só me incita a mim, ver que se não tomo a dianteira ninguém a tomará. A dor de observar a negligência dos outros está presente nas minhas mãos. E o cansaço apodera-se delas. Uma vontade de também eu me tornar negligente se apodera de mim.

Mas eu sei que a saudade me vencerá. Sempre vence.

A comédia do governo

Na verdade demorei muito a decidir se valeria a pena salientar o óbvio. Mas vale a pena, quanto mais não seja pela barrigada de riso que este novo governo, depois da desilusão da sua mera existência, tem proporcionado a todos os que seguiram atentamente (e se calhar nem é preciso tanto) todo o processo de formação do governo e tomada de posse.
É a desorganização total. Secretarias de estado “sorteadas” para os tachos que Santana pretende distribuir... Ministros que desconhecem o nome da própria pasta (e quanto a este, já aqui falei, foi dos melhores momentos televisivos do ano!!!), ministérios que seriam deslocalizados e que já não o são. São-no as secretarias de estado numa tentativa de ludibriar os portugueses afirmando que se trata de verdadeira descentralização... Enfim, quem gosta de dizer as coisas no calor do momento sofre as consequências.
Mas há que admiti-lo: Santana tem charme. Parece que adoça o discurso político. Seduz com a sua lábia experiente (provavelmente treinada pelos engates à porta de uma qualquer discoteca da capital). Esperemos que o povo português não caia do canto da Sereia e consiga discernir o discurso melado da verdadeira actividade política...