Esfera
"Eu vim de outra esfera
Tão só como escura
Eu dei-me ao teu dia
Na espera de uma luz"

(Esfera, Ornatos Violeta)

(o porquê de serem 4 da manhã e eu aqui)
E, num estalar de dedos, suspiro... Fecho os olhos, mas continuo a ver... Tento dormir, mas o meu pensamento é invadido...

Pensar
Num momento nem te chateias, nem pensas. Desististe, mas sentes a leveza da preocupação.
"Quando menos esperas" tropeças, voltas a pensar. Finalmente, resolves o que não estava resolvido, mas sim esquecido.
Ficas com o peso da preocupação mas com a leveza da clareza. Que clareza?! Temporária, certamente... Mas, pelo menos voltaste a preocupar-te. E, esse peso sabe bem, porque, afinal, voltaste a pensar...

Eu volto a repetir...
... Porque penso que não compreenderam a crítica que pretendi fazer. Não me referi a alusões ao futebol, pouco me importa as críticas do PS quanto a essa possível associação e pouco me importa a existência slogans plagiados ou não.
1) As críticas à política governativa são bem claras e explícitas nos cartazes do PS, e quando me refiro aqui geralmente a "erros" refiro-me a essas críticas bem específicas que só quem não viu os cartazes (ou é muito ingénuo) pode pensar que não existem;
2) O núcleo do meu anterior post diz respeito à crítica insistente do governo actual à linha governativa do anterior executivo. Não está na altura de acabar com isso? É esta a questão que eu coloco. Mais nenhuma.

Re: Oposição à oposição
Caro JV, julguei que ias criticar o facto de o cartão vermelho ser uma alusão ao futebol.
Realmente acho que é uma situação digna de reflexão: -a preocupação da oposição com a imagem da coligação. De facto, o PS tem estado mais preocupado em criticar a imagem da coligação do que fazer críticas concretas...
Relembro que, há cerca de dois meses, Ferro Rodrigues veio dizer que o slogan "Força Portugal" foi plagiado da campanha italiana de Berlusconi. (foi matéria do meu post: Ferro e o slogan de 1/03/04). Há pouco mais de uma semana, o mesmo dirigente socialista veio dizer que o mesmo slogan é uma tentativa de "misturar o futebol com a política". Isto quando os cartazes do seu partido apresentam um cartão amarelo... No mínimo: irónico!
É notório o desconforto do Dr. Ferro Rodrigues face à coligação, se calhar pela incapacidade de enfrentar o adversário. Julgo que começa, já, a roçar o anedótico o esforço em vão da oposição. Que, sem nada conseguir apontar em concreto, além da crítica básica e inconsciente, refugia-se em lutas infrutíferas relativas ao nome ou imagem da coligação, e que nada de positivo ou saudável vêm adicionar à política! Lamento que também tu, JV, escolhas esse caminho, o caminho mais fácil...

Oposição à oposição

É triste mas é verdade. À falta de originalidade (até à falta de bom senso, na minha modesta opinião) ergue o PSD um monumento com estes cartazes (ou cartões) vermelhos. Para quem não está contextualizado, o PS efectuou o seu papel de oposição apontando erros do governo, alertando o povo português para erros graves que se têm cometido na política portuguesa apresentando por todo o país um cartaz com um cartão amarelo. A oposição não tem sido infalível. Mas ainda assim aqueles cartazes enquadram-se no papel de oposição. Quando o partido do governo contra-ataca usando para isso o mesmo tipo de cartaz mostrando um cartão vermelho despejando o mesmo discurso de lamúria criticando o executivo anterior, tudo resvala para além do bom senso. Ou vi alguém dizer no início do mandato que a partir de seis meses do novo executivo já não mais se pode falar dos erros do executivo anterior mas apenas do que já foi feito pelo novo executivo. Mas parece que o PSD prefere continuar a atacar como se ainda fosse oposição...

Momentos que ficam II - autocarros no parlamento

O debate ambiental no parlamento que resvalou para uma discussão sobre transportes públicos, no qual o ministro do ambiente, após aturada discussão com um deputado sobre os autocarros que passam em frente ao parlamento, afirma claramente “O autocarro que passa em frente do ministério é o 49. Desculpe... é o 92”

Republicação: Vontade (de 12/12/03)
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Por vezes chego em frente ao teclado e sinto uma vontade espontânea e explosiva de escrever tudo aquilo que me vai na alma...
Mas resisto, e refugio-me nas palavras:

"... you´re crazy when you think
that I will let you in
my sunshine and my rain
the thoughts I hide away
from all the world to see
... no you can´t take that from me" (David Fonseca, My sunshine and my Rain)

Música esta que ao vivo atinge, então, uma dimensão esplendorosa!!!

(Amanhã com aulas às 8 da matina e eu aqui...)
DTG
"
(post "Vontade" de 12/12/03)

Frases que ficam XVI
“Há duas tragédias na vida. Uma é não conseguirmos o que o nosso coração deseja. A outra é conseguirmos”
George Bernard Shaw

Tristeza. Sentimento comum. Tantas vezes percorrido a pente fino e nele não há razões. Pergunto. Não mais porquê mas onde? Triste na alma ou na mente? Tristeza real, nas entranhas do que somos, ou apenas mais uma ficção como tantas outras?

Banalidades ilegais 6 – Os espertinhos da condução

Quão comum não será irmos no nosso maior sossego por essas seguras estradas de Portugal (!?) e depararmo-nos com situações como as abaixo descritas:

1) Trânsito infernal nas auto-estradas. O caos, ainda não sabemos bem porquê. Estamos a 100 metros da estação de serviço mais próxima e vemos que, subitamente, há muita gente interessada em parar, pela visível afluência à estrada que lhe dá acesso. Um pouco mais à frente vemos que essa afluência deve-se ao facto de estarem todos muito interessados em se chegar cento e cinquenta metros mais à frente na fila de trânsito sem se manterem nela!!! Que leviandade! Típico da animal que se julga esperto... Como podemos viver em sociedade calma e pacificamente com pessoas que têm a ousadia de faltarem ao respeito aos pacientes e honrados condutores que se pautam pela normalidade e rectidão a manter numa situação tão desagradável?

2) Situação análoga mas o trânsito diz apenas respeito a uma saída concreta. O espertinho que não se põe na fila, avança desrespeitosamente e tenta meter o “focinho” mais à frente, junto à saída. O animal que se senta ao volante numa situação dessas merecia apenas que todos os outros carros se unissem numa luta desenfreada para que este se visse forçado a seguir em frente!!!

Proposta de lei: As situações acima descritas são terminantemente proibidas salvo situações de emergência justificada e consideradas crime/atentado contra o bom senso social.
Punição: Todos os cirminosos capturados por cometer um dos delitos acima deverá ser forçado a 500 horas de trabalho comunitário como polícia sinaleiro e dever-se-á retirar-lhe a carta até efectuar novo exame de código.

!!!
Releio o post anterior e desconheço-me!
Julguei que fosse (tua) interpretação equívoca mas não o é!
Não era o que pretendia transmitir mas foi o que saiu da "voz que se (sentia) em baixo". E, não mais tenho a fazer do que (te) pedir desculpa. Só me apercebi do que tinha, realmente, escrito quando o voltei a reler, agora...
(não merecias e lamento se te magoei!!!)

"Dormir"
As frustrações só não existem ou quando desconhecemos ou quando estamos afogados na ilusão.
Quando acordamos da ilusão a frustração é ainda maior, por sabermos que só nos iludimos porque não queríamos acordar.

Isto, no sentido de que nunca conseguimos o pleno do que desejamos.
Ou então, é só uma voz que se sente em baixo, se calhar porque acordou. Ou se calhar porque não "dormiu" sobre o assunto.
Ainda assim, tenho a esperança de que num próximo post venha a reavaliar o que disse. Então aí, tomo o "problema" por mais sério...

Sonhei
O sonho levou-me ao passado. Relembrou-me a leveza de outros tempos... A criança que sorri só por ser livre. A criança que cresce e tem de aguentar o fardo da responsabilidade de ser crescida. A criança que não pode fazer parar o tempo, e que só volta a si por via de um sonho...

De volta...
Estive doente... Ou melhor a máquina que me liga à blogosfera esteve doente, e por isso estive ausente...
Foi com satisfação que observei, quando voltei ao Confronto, que ultrapassamos a barreira das 2000 visitas... :)
Dá-se o real valor a estes pequenos momentos de prazer, como é o blogar quando nos vemos desprovidos de tal possibilidade... Por isso, aqui estou mortinho por voltar a postar, mas, de momento, sem grande tempo!

E, assim é... foi o meu último post. Que teve um comentário, deveras, ambíguo do Marco. O post foi, totalmente, sincero. O sentimento de que o que se nos apresenta tentador no momento é afastado pelo que sentimos sinceramente com tempo, faz-nos ter a certeza... Se não do sentimento em si, pelo menos de nós mesmos.

Fotografias
O espantoso efeito de uma imagem bidimensional num papel. A capacidade única de preservar um momento para a eternidade. É tão irreal! Já pensaram na realidade que cerca cada imagem? Na impressionante capacidade de apreender tudo o que os olhos alcançam? É quase tão pouco plausível, tão inverosímil quanto a nossa própria existência...

E, assim é...
Saias perversas balançando-se no piso de cima.
Flirts inconsequentes vão e vêm como as bebidas que descem e fazem subir a temperatura.
Corpos vistosos vagueiam na passerelle dos corpos apertados.
Tantas faces que despertam desejos.
Não encaixa, não cabe. Tanto nos rodeia, mas só conseguimos pensar no que está longe.
E isso, faz-nos sentir seguros de nós mesmos.