Confronto

Duas vozes - duas visoes...
Diversidade de opinioes com direito de resposta...

terça-feira, abril 25, 2006

Centrado

Reflexo de Pedaço de Mim,
Este texto centrado.

Contudo,
ainda
disperso
em
quase
toda
a
parte.

campo

Temos como certo que "campo" é sinónimo de "calma", "paz de espírito"... Podemos nunca lá ter ido, mas se lá formos um dia temos por garantido que é isso que obteremos.
Para mim isso é redutor! Em dois sentidos, passo a explicar.
Em primeiro lugar, devemos abrir mão do nosso empirismo, não aceitando como certo os pré-conceitos formados, nomeadamente, sobre o "campo". Assim, todos deveríamos caminhar em direcção àqueles sítios para onde se vai sem ser pela auto-estrada, e perceber o que, ao certo, o tal "campo" nos proporciona - em confronto com a vida na cidade.
Depois, é redutor noutro sentido. O campo rejuvenesce, limpa-nos as ideias, faz-nos respirar ar puro. Faz esquecer as filas de trânsito e os semáforos teimosos, as pessoas como formigas e as expressões rudes e mal dispostas. Faz lembrar a simpatia dos poucos rostos que se cruzam, faz lembrar que metade são família, faz lembrar o bom costume de espreitar pela janela quando alguém passa, faz lembrar o amor pela terra, e o conhecer as pessoas e as histórias que os lugares têm para nos oferecer.
Eu estive em S. João da Pesqueira, Foz Côa, Castelo Melhor, Marialva, Castelo Rodrigo, Almeida, Freixo de Espada à Cinta, entre outras localidades e gostei!!! Não gostei de passagem, gostei mesmo! Fiquei curioso por conhecer mais terras rurais, por viver e sentir o campo. Eu senti-me bem, e o maior dos problemas do "campo" foi este - ter de regressar!!

Este texto tem como destinatários jovens citadinos e "metropolitanos" que têm a mania de fazer piadas sobre os espaços rurais; e a quem custa perceber como é possível viver em aldeias sem alguns equipamentos que tomamos como básicos. Grupo de jovens em que, infelizmente, me incluo - esta é a minha tentativa de exorcizar esta parte de mim!!!

domingo, abril 23, 2006

Frases que ficam

"O Romance é uma curva ascendente com assímptota na palavra "amo-te""
Leandro Ribeiro, in A mulher que deixou de Funcionar

{phi}

Acordar mergulhado num silêncio ensurdecedor de pensamentos. Com o dia anterior a revolver-se em comparações do que se perspectiva para o dia que nasce. No banho relembram-se detalhes errados, detalhes que destoam do que se É (ou do que se Foi) na noite prévia. Apetece, por eles, pedir desculpa, mas “desculpa” é, como tão bem tem sido dito, uma palavra estupidamente gasta.
Mas depois há também a consciência do que se tem. E o que se tem pode não ser pouco (mais do que isso, pode ser até mais do que alguma vez se imaginou), mas não chega...
Nunca chega...

terça-feira, abril 11, 2006

De longa data

Tenho um grupo no meu telemóvel. Chamo-lhe "de longa data". São poucos, alguns até em desuso. Mas outros... de longa data, de longa memória, de longa história. Quão impressionante é lembrar as idades dos 7 aos 10 ou 11 ou 12 ou 13... e vê-los lá. Com presenças distintas das actuais, mas ainda assim, os mesmos. Podem hoje não ser pilares, podem não sustentar, mas são marcos ainda não perdidos.
E, por isso, quanto valem!!!

segunda-feira, abril 10, 2006

To be...

…Cold

Sometimes a new language makes it easier to hide myself in my own words.

(Winter, 2001/2 - 20??)

segunda-feira, abril 03, 2006

Prodígio

A música. Possivelmente a tradução mais fiel de emoções. A harmonia (ou desarmonia) que vive por detrás, sustentando como uma rede de fios invisível que não deixa que nenhuma nota falhe. A existência de alguma música como prova de uma particularidade singular do Homem entre os animais. A prova do acto de Sentir.

Mesmo quando parece que a música paira apenas em torno e nunca repousa dentro, mesmo aí, há um recôndito ponto de comoção. Sentida, portanto.