Quero escrever

Quero escrever sobre as emoções que um concerto do carrilhão dos clérigos pode despertar em quem desce a apertada rua do lado esquerdo da torre.
Quero escrever de como me vi envolvido por uma multidão na noite de S. João, de como essa multidão impressionava, pelo número, pela força, pela euforia.
Quero escrever de como vivi o dia de hoje, embrulhado em folhas de papel – embrulhando também nelas tudo o que pudesse...
Quero escrever sobre a vontade de escrever, sobre a mudez que se abate sobre mim – por cansaço ou por Nada – ou sobre a falta de clareza nos meus pensamentos.

Por isso escrevo. Mas na verdade nada digo.

Do que por mim passa... - Geometria Algébrica

Teorema dos Zeros de Hilbert (Nullstellensatz): Se K é um corpo algebricamente fechado e J é um ideal de K[X1,...,Xn], então o radical de J é igual ao ideal de definição do conjunto dos zeros de J.

e s t a r

“São 20h30 e estou triste.
Já pensei nisso às 15h30 mas entretanto esqueci-me.

A tristeza é como quem trinca uma maçã: uma dentada estaladiça na alma.

Razões não as há – por que deveriam elas existir?
Apenas estou.”

(olá, por aqui?)

Não tenho estado longe, só ausente.
Se escrevesse mais do que linhas vazias só teria por título "Do que por mim passa..."
Já faltou mais... (para arrancar os cabelos, para me atirar da minha varanda abaixo, para ser oficialmente um eremita...)

O não dito

Conversa de poucas palavras. Conversa cujo conteúdo não se mede pelo que é dito, mas antes pelo que não é dito...
Fica uma. A título de exemplo.

- Sabes...
- Sei...
- Sei que sabes...
- Claro.
- Mas parece que não...
- Não olhes longe...
- Já sei... Quanto menos...
- Não é só isso...
- Na verdade, não penso...
- Claro que pensas.
- E tu também...
- Sim, mas...
- Está bem...
- Mas quando pensas que não...
- Se sabe bem?
- Sim.
- Tirando alguns...
- ... momentos?
- Sim. Estou bem.
- Óptimo. Eu...
- ...Também. Sim...

Do que por mim passa... - Álgebra

Seja A um anel e M um A-módulo. Se M é plato e tem uma apresentação finita, então M é projectivo.

Recomenda-se: "Six feet under"

Um cheiro nauseabundo a morte preenche a vida da família Fischer... Os detalhes profundamente paralisantes de tão “sem significado” das vidas afinal tão comuns e tão próximas são explorados sob um tecto de agência funerária. A loucura de não saber onde se agarrar quando tudo parece estar perdido (e no final de contas não ter nada para se perder...), o esforço para dar sentido às suas vidas pequenas, a intensidade das emoções reprimidas... Tudo tão sufocantemente presente que é quase palpável.

Segundas-feiras, 22h30, 2:

Do que por mim passa... - Grafos e Aplicações

Teorema do Casamento

Versão formal: Se G é um grafo bipartido, regular de ordem k, então G admite um emparelhamento perfeito.

Versão informal: Se cada rapariga de uma aldeia conhece exactamente k rapazes e cada rapaz da aldeia conhece exactamente k raparigas então cada rapariga pode casar com um rapaz que conhece e cada rapaz pode casar com uma rapariga que ele conhece.

Frases que ficam

" - Do you want to talk about your feelings?
- Strangely enough i don't think i have any..."

Ruth & George in "Six feet under"

Do que por mim passa... - Análise (Não - Standard)

Critério de Compacidade de Robinson: Seja (X,d) um espaço métrico separável e K um subespaço de X. K é compacto sse o seu alargamento não-standard *K está contido na imagem inversa de K pela função “shadow”, sh: *X → X.