Cárcere
O que vejo senão paredes? O que vejo senão limites, horizontes fechados, tempos em queda livre para o seu fim, espaços claustrofobicamente remetidos ao conteúdo da palavra “cárcere”?
Vejo–me.
Mal ainda. Difuso como olhos entaramelados de sono pela manhã. Uma imagem esbatida, indefinida. Um espelho partido. Resta juntar as peças, as que não se perderam pelo caminho. As que não são sinónimo de “deserto”, de “perda” ou de “ausência”.
Aguardo, como sempre aguardei, a hora do conserto.
Por enquanto limito-me a um concerto de oboés quase sempre silenciosos cujos silvos, longamente espaçados no tempo, se mostram agudos, demasiado acutilantes, brutais e perturbadores para que me possa abstrair da distância que me separa da harmonia.
O que vejo senão paredes? O que vejo senão limites, horizontes fechados, tempos em queda livre para o seu fim, espaços claustrofobicamente remetidos ao conteúdo da palavra “cárcere”?
Vejo–me.
Mal ainda. Difuso como olhos entaramelados de sono pela manhã. Uma imagem esbatida, indefinida. Um espelho partido. Resta juntar as peças, as que não se perderam pelo caminho. As que não são sinónimo de “deserto”, de “perda” ou de “ausência”.
Aguardo, como sempre aguardei, a hora do conserto.
Por enquanto limito-me a um concerto de oboés quase sempre silenciosos cujos silvos, longamente espaçados no tempo, se mostram agudos, demasiado acutilantes, brutais e perturbadores para que me possa abstrair da distância que me separa da harmonia.
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