Confronto

Duas vozes - duas visoes...
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quarta-feira, fevereiro 11, 2004

De “Como se É” ao “Como se fala”
Às banais conversas do dia a dia está subjacente uma ideia de rotina. E na convivência social “rotina” talvez seja uma importante palavra para o reforço de relações. A queda abrupta que daí se dá até a pequenas facadinhas de desprezo, raiva ou zanga é repentina e inesperada. Quando damos conta é já quase insultuoso o discurso rotineiro. Pode adquirir um tom perigosamente agressivo, nada saudável e desviado da personalidade de cada um. Não mais existe um controle qualitativo do discurso e passa a haver um derrame descontrolado de estados de espírito.
Que direito tem alguém de ferir, ainda que sem intenção, a sensibilidade de outros com um desrespeito pela relação emocional ali em jogo? Será que com a desculpa de “Sermos nós mesmos” não desvirtuamos, por influência da convivência excessiva, a necessidade de ter controlo sobre o modo de lidar com os outros? Será que “Sermos nós mesmos” não será uma falsa forma de verdade social?
Regras básicas de convivência social ou impulsos irracionais, desgovernados e, por ventura demasiado arrogantes?
JV