E depois de um início de discussão bruto, um pouco de palavras ao vento para lançar este local de vozes...
A luz da liberdade
... E perante o furioso e pérfido olhar dos deuses, o Homem fez-se Homem, dotado de alma e coração, dotado de imagem e mente, dotado de sentir e de pensar. E de falar. E de escrever. E o homem não mais sentiu necessidade de se esconder nos mais escuros recantos de um Olimpo gasto pelo tempo, porque agora era livre... Mas perante o olhar determinadamente alegre dos deuses, o Homem nunca se veria livre de si próprio, da sua própria tirania, do seu delinquente e triste orgulho, da sua sede febril de um poder imaginário, cegando-se a si mesmo, retomando o rumo duma escravidão semelhante que o pensamento havia há muito obliterado. E o Homem silenciou-se.
Silêncio.
Até que algo se ergueu dentro de si. Um silvo estridente lançava ao vento as letras que, esvoaçando, deixavam pelo ar: “Uma alma sem voz é uma alma sem vida”. Assumindo a vontade de romper consigo mesmo, batalhou pela voz que, furiosa, rugia dentro de si. Num deliberado grito de euforia deixou-se levar. Dentro de si as palavras ferviam, causando ardor nos seus dedos e irritação na garganta. E viu a luz do dia.
Todos a vemos. Mas ninguém lhe dá o devido valor...
JV
A luz da liberdade
... E perante o furioso e pérfido olhar dos deuses, o Homem fez-se Homem, dotado de alma e coração, dotado de imagem e mente, dotado de sentir e de pensar. E de falar. E de escrever. E o homem não mais sentiu necessidade de se esconder nos mais escuros recantos de um Olimpo gasto pelo tempo, porque agora era livre... Mas perante o olhar determinadamente alegre dos deuses, o Homem nunca se veria livre de si próprio, da sua própria tirania, do seu delinquente e triste orgulho, da sua sede febril de um poder imaginário, cegando-se a si mesmo, retomando o rumo duma escravidão semelhante que o pensamento havia há muito obliterado. E o Homem silenciou-se.
Silêncio.
Até que algo se ergueu dentro de si. Um silvo estridente lançava ao vento as letras que, esvoaçando, deixavam pelo ar: “Uma alma sem voz é uma alma sem vida”. Assumindo a vontade de romper consigo mesmo, batalhou pela voz que, furiosa, rugia dentro de si. Num deliberado grito de euforia deixou-se levar. Dentro de si as palavras ferviam, causando ardor nos seus dedos e irritação na garganta. E viu a luz do dia.
Todos a vemos. Mas ninguém lhe dá o devido valor...
JV
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